Artur Schaback, cofundador e ex-diretor de tecnologia (CTO) da Paxful, se declarou culpado de conspiração para deliberadamente evitar a criação de um programa de combate a lavagem de dinheiro. De acordo com a Lei de Sigilo Bancário dos Estados Unidos, essa medida é obrigatória para as empresas que operam no país.
Em comunicado, o Escritório de Relações Públicas do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) revelou que Schaback não conseguiu coletar as informações necessárias de clientes. Ou seja, a Paxful falhou em estabelecer verificações de identidade (KYC) entre julho de 2015 a junho de 2019.
No entanto, o tribunal não definiu qual será a sentença de Schaback, o que deve ocorrer em novembro de 2024.
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Negligência com lavagem de dinheiro
O ex-executivo é acusado de comercializar a Paxful como uma plataforma que não exigia KYC, deturpar as políticas de combate a lavagem de dinheiro e não apresentar quaisquer relatórios de atividades suspeitas.
A acusação afirma que Schaback estava ciente da obrigação dessas medidas, mas optou por não cumpri-las mesmo assim. O executivo também se declarou culpado dessas acusações.
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Ao negligenciar a implementação de programas AML e KYC, o DOJ disse que Schaback, residente da Estônia, permitiu que a Paxful se tornasse um “veículo” para lavagem de dinheiro, violações de sanções e várias outras atividades criminosas.
“Schaback se declarou culpado de conspiração para deixar deliberadamente de estabelecer, desenvolver, implementar e manter um programa AML eficaz, conforme exigido pela Lei de Sigilo Bancário”, afirmou o DOJ.
A sentença de Schaback está marcada para 4 de novembro. Pelos crimes de negligência, o executivo pode receber uma sentença máxima de cinco anos de prisão. Será decidido por um juiz do tribunal distrital federal, que considerará as Diretrizes de Penas dos EUA e outros elementos legais.
Enquanto isso, Schaback também deixará o conselho de administração da Paxful Inc. No passado, a Paxful chegou a paralisar suas operações temporariamente, mas retornou as atividades logo depois.
