Mesmo com a recente desvalorização do Bitcoin desde sua máxima histórica em 17 de dezembro, Lloyd Blankfein, CEO do banco norte-americano Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do setor financeiro global, continua otimista com as criptomoedas e criticou os céticos que acreditam que elas não têm futuro.
As declarações de Blankfein foram feitas na conferência Economic Club de Nova York, EUA, na qual o CEO mostrou que enxerga as criptomoedas como uma classe de ativos emergentes:
“Uma moeda de ouro de cinco dólares valeria cinco dólares porque tinha cinco dólares em ouro. Em seguida, eles emitem papel-moeda que é apoiado por ouro do tesouro. Então, um dia, eles emitem papel-moeda que não tem o apoio do ouro. Não houve garantia de que, se você entregá-lo, eu lhe darei cinco dólares em ouro. É dinheiro fiduciário. Eu digo que este pedaço de papel vale cinco dólares e, portanto, é cinco dólares. Hoje as pessoas dizem que o Bitcoin não é uma moeda fiduciária, então eu não confio, e eu não gosto disso. Por outro lado, se funcionar, ele será uma progressão natural do dinheiro físico para o dinheiro digital”, disse Blankfein.
Como mostra a agência de notícias CCN, durante uma entrevista com Kayla Tausche da CNBC, Blankfein ecoou um sentimento semelhante em relação ao Bitcoin, descrevendo um período na história dos EUA durante o qual o governo dos EUA aboliu abruptamente o padrão-ouro e o substituiu por uma moeda sem valor, o dólar americano. Na época, empresas, indivíduos e investidores com sede dos EUA tinham dificuldade em aceitar e abraçar o dólar americano, uma forma de papel-moeda como uma alternativa ao ouro, que tem sido o padrão do dinheiro há séculos.
Semelhante à história de como o papel-moeda foi forçado a tornar-se a progressão natural do ouro, Blankfein explicou que o Bitcoin poderia um dia tornar-se a progressão natural do dinheiro fiduciário para o dinheiro digital. No início desta semana, pela primeira vez na história do banco, o diretor operacional da Goldman Sachs, David Solomon, confirmou os rumores de que o banco tem trabalhado para estabelecer negociações futuras com criptomoedas.
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