Após a pressão da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), os clientes de exchanges de criptomoedas podem enfrentar outro problema: os bancos. Foi nesse sentido que o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, usou o Twitter para reclamar do Bank of America, um dos maiores bancos dos EUA.
De acordo com a mensagem publicada na quarta-feira (12), o Bank of America estaria bloqueando contas de clientes que fizessem movimentação de fundos para a Coinbase. Ou seja, impedindo esses clientes de adquirirem criptomoedas na plataforma.
Tudo começou quando um usuário do Twitter reclamou que o banco fechou sua conta pessoal, que já tinha 15 anos de uso. O usuário era Muneeb Ali, criador do Stacks, protocolo de segunda camada do Bitcoin. Ali disse que o Bank of America não forneceu justificativa para o encerramento, mas que ele executou operações com criptomoedas na Coinbase. Portanto, Ali acredita que este foi o motivo do fechamento.
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Coinbase questiona banco
Em seguida, Armstrong retuitou a mensagem de Ali e marcou o Bank of America, questionando: “mais algum cliente do Bank of America passou por isso?”
Depois, o CEO da Coinbase iniciou uma enquete questionando os seus seguidores se algum cliente do banco teve sua conta fechada após mandar dinheiro para a Coinbase.
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O cofundador da Stacks disse que não recebeu nenhuma explicação, mas acredita que foi porque usou a conta para transações de BTC com a Coinbase. Na enquete, pouco mais de 9% dos usuários afirmaram que o Bank of America fechou suas contas, contra quase 20% que negaram. A pesquisa recebeu mais de 8.500 respostas até agora.
Bancos em todo o mundo ficaram mais incertos sobre a indústria de criptomoedas devido a um declínio significativo no valor, várias instâncias de falhas de ativos digitais e regulamentações mais rígidas impostas pelas autoridades. Por isso, os bancos voltaram a bloquear operações direcionadas para exchanges.
Embora seja novidade nos EUA, os usuários brasileiros já passaram por problemas semelhantes no passado, quando grandes bancos bloqueavam contas de quem operava com criptomoedas. Até mesmo exchanges e vendedores P2P tiveram problemas com encerramento de contas, especialmente no Banco do Brasil e Itaú.
Comício do preço das ações COIN
Esta semana foi bastante proveitosa para todos os investidores que possuem ações da Coinbase (COIN). Na terça-feira (11), o preço das ações subiu 16% e superou a barreira dos US$ 90.
No mês passado, as ações da COIN ganharam impressionantes 65%, apesar do processo que a SEC moveu contra a empresa no início de junho. O preço das ações chegou a custar US$ 50, mas experimentou fortes ganhos nos últimos meses.
Uma das maiores razões é a gestora BlackRock escolher a Coinbase como o custodiante os BTC que estarão no seu futuro ETF da criptomoeda. Além disso, a Coinbase estabeleceu parcerias com outras empresas que planejam lançar ETF no mercado, o que animou os investidores.
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