Mineradores de Bitcoin estão começando a utilizar filtros para rejeitar NFTs. Alguns nós da rede Bitcoin estão começando a introduzir um filtro para bloquear os chamados NFTs Ordinals. Basicamente, são NFTs criados pelos próprios mineradores na blockchain do Bitcoin, para evitar perdas. No entanto, mineradores agiram buscam poder filtrar e rejeitar transações dos Ordinals, antes de serem incluídos no blocckhain do Bitcoin.
Desenvolvedores do MiniBolt, um software para operadores de nodes Bitcoin, foram os primeiros a criar uma versão do patch Ordirespector. A tecnologia foi criada pelo colaborador do Bitcoin Core, Luke Dashjr.
Posteriormente, a equipe Mynode, outra plataforma para operadores de nodes de Bitcoin, gerou uma versão própria do Ordirespect a partir de um patch MiniBolt.
Dias depois, já havia instruções para operadores de nós (computadores que armazenam cópias do blockchain) que queriam implementar a atualização. A tecnologia permite que transações ordinais sejam rejeitadas no Umbrel e no Citadel automaticamente.
NFTs no Bitcoin
O desenvolvedor 2Faktor, criador do MiniBolt, declarou que não acredita que o patch seja uma censura. De acordo com ele, “Ordirespect é um ato de protesto”, por permitir que os operadores de nodes Bitcoin expressem sua discordância quanto ao uso do Bitcoin para armazenar NFTs Ordinais.
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“Isso não tem consequências para a rede. Os NFTs Ordinals podem continuar existindo mas esse é nosso voto de protesto”, destacou.
Além disso, Luke Dashjr explica que o protocolo não requer a execução de hard fork, pois é basicamente “um filtro de spam”.
Portanto, mesmo que alguns nodes bloqueiem ou rejeitem transações Ordinais, se a maioria dos nodes as aceitar, elas acabarão em todas as cópias da blockchain da rede . No entanto, se a maioria dos mineradores adotar essa ferramenta, ela poderá excluir transações executadas com Ordinais.
O que é o Ordinals?
O Ordinals é um protocolo na rede do BTC para permitir o armazenamento de arquivos. É por meio dele que existe a possibilidade é de guardar imagens JPEG, PDFs, texto, áudio, vídeo e outros tipos de arquivos diretamente na blockchain do Bitcoin. Esse armazenamento ocorre por meio da criação de NFTs nativos na rede.
A crescente popularidade desse sistema ainda gera debate na comunidade. Há quem pense que esses NFTs estão enchendo o Bitcoin de “lixo desnecessário”, dai o surgimento do patch.