No âmbito do caso que envolve a exchange de criptomoedas FTX, as autoridades das Bahamas contrataram o escritório de advocacia estadunidense Brown Rudnick, o mesmo que defendeu Johnny Depp no processo de difamação contra a ex-esposa Amber Heard.
Conforme noticiou a Bloomberg nesta terça-feira (03), o escritório será responsável pelas relações públicas do país. Além disso, fará serviços de lobby junto ao governo federal dos EUA em nome das Bahamas.
A contratação do escritório ocorre após os advogados de falência da FTX dos EUA afirmarem que Sam Bankman-Fried, fundador da exchange, conspirou com as Bahamas para acessar os sistemas da FTX e cunhar novos tokens, que valeriam milhões de dólares. Diante disso, os advogados disseram que não confiam nos reguladores das Bahamas com dados relacionados à falida exchange.
Então, para tentar contornar a situação, as Bahamas contrataram o Brown Rudnick no início do mês passado. O escritório está oferecendo serviços jurídicos ao país desde o início de dezembro de 2022. Os advogados falarão se reunirá com a mídia e agências governamentais dos EUA a fim de “discutir as atividades e a boa-fé das Bahamas”.
FTX: EUA x Bahamas
As coisas estão um tanto quanto tensas no processo de falência da FTX, sobretudo no que diz respeito à relação dos EUA com as Bahamas, onde a FTX tem sede.
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No mês passado, conforme noticiou o CriptoFácil, o governo das Bahamas disse que apreendeu US$ 3,5 bilhões (R$ 18 bilhões) em ativos digitais da FTX. A apreensão teria ocorrido logo após a exchange entrar com processo de recuperação judicial em novembro de 2022. Esse montante certamente ajudaria no processo de reembolso aos clientes da empresa que ficaram no prejuízo.
No entanto, a FTX disse que o cálculo estava incorreto. De acordo com a empresa, as Bahamas haviam recuperado, na verdade, apenas US$ 296 milhões. Como não há mais detalhes sobre os ativos apreendidos, ainda não está claro qual parte tem a razão.
Prisão de Sam Bankman-Fried
Sam Bankman-Fried foi preso no mês passado nas Bahamas a pedido das autoridades dos EUA. Após passar pouco mais de uma semana na prisão, ele foi extraditado e, posteriormente liberado sob pagamento de uma fiança de US$ 250 milhões.
SBF enfrenta um total de oito acusações, incluindo conspiração para cometer fraude eletrônica, fraude eletrônica, conspiração para cometer lavagem de dinheiro e conspiração para fraudar os EUA e violar as leis de financiamento de campanha.