Carlos Nobre, cientista e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados de São Paulo (IEA/USP), declarou que a tecnologia blockchain pode ser usada para ajudar na exploração sustentável da Floresta Amazônica, evitando os impactos do desmatamento e de outras atividades potencialmente danosas.
De acordo com o cientista, “o Brasil está indo na contramão da história”, promovendo uma nova exploração na Floresta sem respeitar o ecossistema”.
“Com as novas tecnologias, temos, pela primeira vez, a possibilidade de criar uma bioeconomia a partir da biodiversidade da floresta.”
O projeto do pesquisador da USP, batizado de Amazônia 4.0, busca usar tecnologias como Inteligência Artificial, Nanotecnologia, Blockchain e Internet das Coisas (IoT) para criar, ainda em 2019, quatro laboratórios móveis de produção e capacitação da comunicade local.
“O objetivo é criar um centro tecnológico de empreendedorismo sustentável. Queremos criar uma economia local com base nas novas tecnologias.”
“O potencial da Amazônia é imenso. […] Com tecnologia, temos o potencial de explorar os recursos naturais de maneira sustentável, sem precisar de grandes áreas de exploração. E ainda podemos aumentar a produtividade”, declarou o cientista, dizendo que testes da aplicabilidade da tecnologia serão feitos com 30 a 100 moradores locais com o intuito de adotar modelos econômicos sustentáveis para a exploração dos recursos da região. A meta é realizar seis cursos de capacitação por ano.
Além dos cursos, a tecnologia blockchain também será usada para mapear genomas das espécies locais e desenvolver novos produtos, criando um banco de dados digital chamado Amazônia BioBank. O projeto Amazônia 4.0 foi financiado por organizações filantrópicas e agora busca novos investimentos para dar sequência à iniciativa.
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