Na quinta-feira (10), a empresa Braiscompany foi apontada como uma possível pirâmide financeira pelo fundador e analista da Suno Research, Tiago Reis.
“Quem for da Paraíba, onde a Braiscompany tem presença forte, avisem seus amigos para sair desta pirâmide”, disse ele.
Logo depois da denúncia, o site da empresa que já estava instável, segundo Reis, saiu do ar. Além disso, a companhia foi afastada do Reality Show da TV Record, Batalha de Startups.
Braiscompany é pirâmide?
Conforme noticiou o CriptoFácil, Reis fez o alerta à comunidade sobre a possibilidade de a empresa ser uma pirâmide em suas redes sociais. Vale ressaltar que o analista já denunciou empresas como a Unick Forex.
A empresa sediada em Campina Grande (PB) diz realizar operações com criptoativos. Em seu site, ela se intitula “a maior holding de blockchain da América Latina”.
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Inicialmente, a empresa prometia ganhos mensais de 15% ao mês. Entretanto, com o passar do tempo, a rentabilidade oferecida foi diminuindo.
Assim, a empresa passou a oferecer retornos entre 3% e 10% ao mês, uma rentabilidade completamente fora da realidade do mercado.
Mas a queda no retorno oferecido pode ser um indício de que o possível esquema já está próximo de ruir.
Site fora do ar
Após a denúncia de Reis, o site da Braiscompany saiu do ar. A empresa alegou, no entanto, que a instabilidade era decorrente de um grande volume de acesso:
“Devido ao grande número de acessos nosso site saiu do ar, mas nossa equipe está otimizando esse processo”, disse a companhia.
No momento da redação deste artigo, o site já está funcionando embora apresente instabilidade.
Braiscompany é expulsa de Reality
Outra consequência da acusação foi a remoção da empresa do programa Batalha de Startups.
A empresa responsável pelo quadro, Inova360, anunciou, em nota, que iria afastar a Braiscompany do programa como medida de precaução até que tudo seja esclarecido.
A empresa também disse que recebeu com surpresa as acusações de pirâmide contra a Braiscompany e lamentou o ocorrido.
Como se não bastasse, a empresa é alvo de investigação do Ministério Público da Paraíba e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em julho, a autarquia abriu um processo administrativo para apurar a atuação da empresa, cujos donos são o casal Antonio Neto Ais e Fabricia Ais.
A empresa não possui autorização da CVM para atuar no mercado de investimentos.
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