A crise geral causada pelo coronavírus impactou todos os setores da economia, mas o turismo foi particularmente afetado.
Isso porque o isolamento social e o fechamento das fronteiras resultaram em grandes perdas econômicas para as corretoras de câmbio focada em turismo.
Segundo a Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), houve uma queda de 51% na quantidade de transações e de 150% nos valores movimentados neste ano em relação à 2019.
Nesse cenário, as corretoras que oferecem serviços de remessa ao exterior estão conseguindo escapar da crise.
Segundo a presidente-executiva da Abracam, Kelly Massaro, nesse momento de crise em que o turismo foi muito afetado, serviços como a remessa pro exterior ganham ainda mais importância.
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“As corretoras concentradas em turismo foram muito afetadas. As que não foram são as focadas em serviços como microremessas e intermediação de negócios, como importação e exportação”, disse.
Blockchain evita fraudes e agiliza processos
Este é o caso da brasileira Frente Corretora, que usa a tecnologia blockchain para envio de remessas ao exterior.
Conforme explicou Ricardo Baraçal, sócio da companhia, ao Valor Investe, nos últimos 90 dias, apenas 5% das receitas vieram do turismo.
“O câmbio comercial e financeiro está sendo maior”, afirmou.
Assim, apenas neste ano a empresa conseguiu ampliar em 30% seu número de parceiros, que já chega a quase mil.
Baraçal explicou que a blockchain é uma facilitadora no envio de remessas ao exterior. A tecnologia evita fraudes no serviços dá credibilidade às informações registradas para todas as partes envolvidas.
Além disso, a blockchain ainda agiliza o processo:
“Também precisamos usar um banco para fazer as remessas ao exterior, mas como usamos o blockchain, pegamos as informações das contas de forma muito mais rápida”, afirma Baraçal.
Graças ao uso da tecnologia, no mês de junho, a corretora teve um aumento de 70% em seu volume transacionado em comparação com o mês de maio.
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