A agência policial da União Europeia (Europol) informou nesta segunda-feira (23) que prendeu cinco altos executivos da exchange de criptomoedas Bitzlato – que os Estados Unidos encerraram na última semana. De acordo com uma nota da Europol, os presos incluem o CEO da empresa, o diretor financeiro e o diretor de marketing na Espanha. As prisões ocorreram após oito buscas na Espanha, no Chipre, em Portugal e nos EUA.
Segundo a Europol, durante as buscas, os agentes apreenderam cerca de € 18 milhões (R$ 101 milhões) em criptomoedas. Além disso, as autoridades determinaram o congelamento de mais de 100 contas de criptomoedas com ativos no valor de R$ 281 milhões.
Entenda o caso da Bitzlato
Conforme informou a agência de polícia, a exchange com registro em Hong Kong e com operações globais é “suspeita de facilitar a lavagem de grandes quantidades de produtos criminais e convertê-los em rublos”.
“A Bitzlato permitiu a conversão rápida de vários criptoativos como Bitcoin, Ethereum, Litecoin, Bitcoin Cash, Dash, Dogecoin e USDT em rublos russos. Estima-se que a exchange tenha recebido um total de ativos no valor de EUR 2,1 bilhões (BTC 119.000)”, disse a Europol.
A agência ponderou que, embora a conversão de ativos cripto em moedas não seja ilegal, as investigações sobre as operações da empresa de cripto indicaram que grandes volumes de ativos criminosos estavam passando pela plataforma
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Uma análise indicou que cerca de 46% dos ativos negociados por meio da Bitzlato tinham ligações com atividades criminosas. Isso equivale a cerca de 1 bilhão de euros (R$ 5,6 bilhões),
“Por exemplo, as investigações mostraram que 1,5 milhão de transações de BTC foram feitas diretamente entre os usuários do Bitzlato e o [mercado da dark web] Hydramarket, desativado em abril de 2022”, pontuou a Europol.
EUA prendem fundador da Bitzlato
No dia 18 de janeiro, conforme noticiou o CriptoFácil, os EUA prenderam o fundador da Bitzlato, o russo Anatoly Legkodymov. Agora, ele deve ser levado ao tribunal sob acusação de conduzir um negócio sem licença que teria intermediado lavagem de dinheiro e outros crimes.
Além disso, as autoridades disseram que a exchange de cripto Binance foi uma das três principais recebedoras dos fundos ilegais da Bitzlato. A Binance, no entanto, nega qualquer relação com a exchange, conforme afirmou um porta-voz da empresa. A exchange ressaltou que segue em cooperação com as autoridades para garantir a aplicação da lei.