A possível venda de US$1 bilhão de tokens conduzida pela iFinex, controladora da Bitfinex e da Tether, teve novas divulgações feitas ao mercado. Zhao Dong, acionista que divulgou mais detalhes sobre a venda – que possivelmente será realizada por meio de uma ICE – também divulgou um documento de três páginas que traz aspectos a respeito da oferta (uma espécie de white paper). O documento foi divulgado por Zhao em seu Twitter neste sábado, 04 de maio, conforme mostra a matéria da Coindesk.
Início da pré-venda
Na última sexta-feira, 04 de maio, o aplicativo Renrenbit, criado por Zhao, começou a aceitar pré-encomendas de usuários que desejam participar da fase pública da venda de tokens. Zhao disse que a Bitfinex pretende listar o token da exchange, apelidado de LEO, para negociação em cerca de uma semana após a conclusão da oferta de token e afirmou que a Bitfinex e a iFinex não terão nenhum token LEO.
De acordo com o canal oficial da Renrenbit no Telegram, os investidores de varejo que concluíram a verificação de cliente (KYC) já estão comprometendo-se em investirem nos tokens LEO. Os valor mínimo de investimento por pessoa é de US$1 mil em USDT. Usuários com mais de US$ 1 milhão em USDTs, no entanto, são considerados investidores credenciados e não terão limitações quanto ao investimento máximo para pré-encomendas.
“Não é um whitepaper”
Segundo Zhao, o documento publicado não é um whitepaper propriamente dito. Isso significa que ele não traz aspectos técnicos sobre a blockchain, tampouco detalhes dos códigos do futuro token. As informações contidas no papel são de caráter geral.
Por exemplo, o documento afirma que os tokens (chamados de LEO) serão emitidos pela Unus Sed Leo Limited, uma nova empresa de propriedade da iFinex, e vendidos por meio de uma distribuição privada. No total, 1 bilhão de tokens serão emitidos pela Unus Sed Leo Limited. Cada um deles custará 1 USDT, stablecoin lastreada no dólar emitida pela Tether.
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“Os tokens serão vendidos em uma oferta privada, sem publicidade ou vendas ao público em geral. Quaisquer tokens que permaneçam emitidos podem ser vendidos na forma e prazos determinados pela Emissora a seu exclusivo critério”, afirmou a Bitfinex.
Zhao fez o alerta sobre a natureza do documento após a veiculação de rumores sobre o suposto lançamento de um whitepaper oficial da Bitfinex. O investidor garantiu que o documento é falso e ressaltou que o whitepaper original ainda não foi liberado.
“O papel branco que todos vocês estão vendo agora é falso. O documento original ainda não foi lançado. O nome do token é LEO, não de BFX. A compra dos tokens será feita via USDT, não BTC ou ETH. O montante total a ser levantado ainda é de 1 bilhão”, ressaltou Zhao.
Mais informações
O token LEO permitirá que os usuários recebam descontos nas taxas de negociação ao negociarem criptoativos na Bitfinex e suas duas trocas específicas de criptomoedas EthFinex e EOSFinex. O mesmo benefício é oferecido pelo token da exchange Binance, a Binance Coin (BNB).
No entanto, a Bitfinex indicou que os tokens serão criados como uma medida temporária e que a empresa pretende recomprá-los como um meio de garantir que os clientes sejam reembolsados. A indicação faz referência ao token BFX, emitido após o ataque sofrido pela Bitfinex em 2016.
Na época, a exchange emitiu cerca de US$72 milhões em “tokens BFX”, criptomoeda que acabou sendo recomprada com base nos lucros de receitas de câmbio até abril de 2017.
Desta vez, a iFinex e suas afiliadas recomprarão os tokens mensalmente. As recompras serão feitas mensalmente, “em um mínimo de 27% da receita bruta consolidada da iFinex em relação ao mês anterior, até não restarem mais de 100 milhões de LEO”.
O documento continua:
“As recompras serão feitas a taxas de mercado vigentes na época. Os tokens LEO usados para pagar taxas também podem ser queimados.”
A Bitfinex ainda sofre os impactos da denúncia da procuradoria-geral de Nova York. Letitia James, procuradora-geral, alega que a exchange usou fundos da Tether Limited para cobrir um prejuízo de quase US$1 bilhão em suas operações.
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