Recentemente, hackers começaram a acessar as carteiras contendo as criptomoedas roubadas da Binance em maio deste ano. Conforme publicado pela Coindesk nesta quinta-feira, 13 de junho, a Coinfirm é a companhia que rastreou os poucos movimentos feitos em maio e notou uma massiva movimentação das carteiras criadas especificamente no dia 07 de maio deste ano.
O CEO da Coinfirm Grant Blaisdell escreveu:
“O ataque foi conduzindo utilizando técnicas diversas, incluindo vírus e phishing. De acordo com a Binance, os fundos roubados constituem aproximadamente 2% do total de BTCs mantidos pela exchange. A fim de prevenir que os fundos dos usuários sejam afetados e garantir um trabalho estável na plataforma, a Binance utilizou seus fundos SAFU para cobrir as perdas. O Secure Asset Fund for Users [Fundo Seguro de Ativos para Usuários] foi estabelecido em 14 de julho de 2018, e consiste em 10% de todas as taxas de troca.”
De acordo com a Coinfirm, os hackers então moveram 1.060,64474480 BTC (ou US$6.148.122.,40) em diversos grupos, dividindo o valor a cada movimentação. No dia 07 de junho, foram movidos US$6 milhões de uma carteira a outra, deixando US$15,84 em uma pequena carteira e acrescentando US$2 milhões ao total. Ainda é incerto porque essa pequena quantia foi depositada em outra carteira.
A próxima movimentação deslocou 1.040,95915580 BTC (US$8.242.840) para outra carteira, separando US$155.861 do montante total para uma terceira carteira. Isso mostra um esforço para quebrar as grandes quantias em porções menores.
Por fim, a Coinfirm afirmou que um montante final de 1.021,53182514 BTC (US$8.089.010) foi movimentado, mais uma vez, separando US$153.835 do total para uma terceira carteira. Os BTCs restantes ainda não foram movidos.
O padrão de movimentações e divisão sugere algum tipo de pagamento a outras partes ou esforços para lavar dinheiro utilizando o que parece ser uma série de movimentos calculados para embaralhar a fonte dos fundos. Tendo em vista que cada uma destas carteiras está sendo observada atentamente por exchanges legítimas, será difícil – se não impossível – converter estas quantias em moeda fiduciária.
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