O preço do Bitcoin (BTC) voltou a ter um desempenho praticamente neutro nas últimas 24 horas, embora tenha registrado leve alta. De acordo com o CoinGecko, a criptomoeda abriu o dia com ganhos de 0,2%, e seu preço atingiu US$ 25.980. No Brasil, a cotação do Bitcoin ficou em R$ 126.610, alta de 0,1%.
Já o Ether (ETH) abriu com leve alta de 0,3% e registrou o preço de US$ 1.643, e em reais o preço voltou para a faixa de R$ 8.000. De fato, nenhuma das criptomoedas do Top 10 registrou desempenho maior do que 1%, seja de valorizações ou de desvalorizações.
Quem mais se destacou nesse cenário morno foram a BNB e a Cardano (ADA), que se valorizaram 0,6%. Já a Solana (SOL) abriu em queda de 0,7% e registrou o pior resultado do Top 10.
O valor de mercado das criptomoedas também abriu o dia em alta, subindo 0,3. No entanto, o valor se manteve em US$ 1,08 trilhão, ou R$ 5,3 trilhões. A dominância do Bitcoin ficou em 46,5% e a do ETH subiu para 18,2%, totalizando 64,7% do mercado.
Bitcoin na contramão do dólar
Enquanto o preço do Bitcoin se mantém estável ou sofre correção, o índice que mede a força do dólar perante as moedas globais (DXY) experimentou uma forte valorização. De acordo com o gráfico abaixo, a relação entre os dois índices é bastante inversa: o DXY subiu e o BTC desvalorizou no último mês.
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Para Fernando Pereira, da Bitget, esse é um sinal de que o atual momento de queda do Bitcoin não é surpresa. Uma valorização do dólar significa maior demanda pelos títulos do governo dos Estados Unidos. Isso, por sua vez, causa desvalorização nos ativos de risco, incluindo o BTC.
“Quando olhamos para o DXY, índice que compara o dólar as principais moedas do mundo, vemos uma forte alta do dólar desde o meio de julho. Não é surpresa ver que o Bitcoin teve o caminho contrário nesse mesmo período. Essa correlação tende a continuar e o DXY deve perder força em breve. Acredito que acabaremos setembro com o BTC subindo e o dólar caindo”, disse Pereira.
Contudo, essa previsão exigirá do Bitcoin a quebra de uma escrita: desde 2016, o BTC nunca registrou ganhos no mês de setembro. Desde o início da série histórica, a criptomoeda só teve um mês de setembro positivo nos anos de 2016 e 2015, com altas de 6,04% e 2,35%, respectivamente.
Futuros e liquidações
Os volumes de futuros e liquidações de criptomoedas seguiram em direções opostas, de acordo com dados do Coinglass. Nos futuros, houve um aumento de 16% nas últimas 24 horas, elevando o volume para US$ 43,7 bilhões. A Binance respondeu por US$ 6,74 bilhões, seguida da Bitget com US$ 2,97 bilhões.
Por outro lado, as liquidações caíram 13% e chegaram a US$ 35,4 milhões, dos quais US$ 20 milhões liquidados de posições compradas. O ETH liderou as perdas nas posições compradas, enquanto o Bitcoin liderou as perdas nas posições vendidas.
Uma liquidação na OKX com um contrato de BTC resultou numa posição de US$ 1,05, a maior liquidação individual do dia. No total, 16.898 traders foram liquidados nas últimas 24 horas.