As “mortes” do Bitcoin são uma das principais brincadeiras da comunidade. O termo é utilizado para se referir às notícias negativas – geralmente em momentos de baixa no preço.
A situação é tal que existe até um site que faz um compilado das tais mortes, o 99bitcoins. E segundo os últimos dados, o Bitcoin teve a menor quantidade de mortes nos últimos sete anos.
Segundo o levantamento do site, em 2020 foram registradas 13 notícias que “previam” a morte do BTC. O número foi o menor desde 2013, quando foram registradas 17 notícias.
Mortes diminuem em relação a última alta
Coincidentemente, o Bitcoin registrou suas máximas históricas em 2020. O preço da criptomoeda chegou aos US$ 42 mil no exterior e aos R$ 220 mil no Brasil.
Não existe uma correlação exatamente negativa entre o preço do Bitcoin e o número de mortes. Por exemplo, 2017 foi um ano de alta histórica, quando o Bitcoin chegou próximo dos US$ 20 mil pela primeira vez.
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Em tese, isso deveria significar menos notícias negativas e, portanto, menos mortes. Contudo, 2017 foi justamente o ano de mais notícias negativas sobre o Bitcoin.
Isso se justifica porque aquele foi um ano bastante atribulado. Houveram dúvidas sobre a capacidade da rede em lidar com o pico de transações. As brigas internas envolvendo o SegWit foram outro fator.
A título de curiosidade, separamos três notícias sobre a morte do Bitcoin que marcaram o ano passado. Vamos conferir o que disseram os “profetas do Apocalipse.”
“Bitcoin é fundamentalmente sem valor” (SeeingAlpha)
O SeekingAlpha é uma das maiores casas de análise dos EUA. No dia 17 de dezembro eles fizeram uma matéria onde atacavam o Bitcoin e questionavam tanto seu valor quanto o das criptomoedas como um todo.
“Às vezes, há algo tão absurdo que você mal sabe por onde começar a argumentar, pois é tão óbvio e evidente que não deveria ser explicado. Bitcoin e criptomoedas semelhantes são o caso”, disse.
Naquela ocasião, o preço do Bitcoin já havia quebrado sua máxima histórica. Ele estava cotado a US$ 22.805,16. No Brasil, o preço atingia R$ 94.964,76.
“Bitcoin ainda é veneno de rato ao quadrado” (Investorplace)
A segunda notícia foi escrita no portal Investorplace no dia 1 de setembro. Na ocasião, eles criticaram os fundos de criptomoedas da Grayscale Investments.
“Na realidade, a tese do bear market do Bitcoin segue viva. O Bitcoin e fundos como Grayscale Bitcoin Trust (OTC: GBTC) não são investimentos seguros. Bitcoin é uma terrível reserva de valor e um investimento de longo prazo igualmente terrível”, afirmou o portal.
Na época, o preço do Bitcoin estava cotado a US$ 10.400,91. No Brasil, a criptomoeda era negociada a R$ 61.019,15.
“Bitcoin é uma bolha maciça” (Bloomberg)
Em 17 de dezembro, a gigante Bloomberg gravou um vídeo com o título acima. O objetivo, claro, era a discussão do Bitcoin e de sua nova alta histórica. Na ocasião, um dos debates foi sobre a volatilidade do BTC.
“Quero dizer, o problema do Bitcoin e o motivo pelo qual não é realmente uma tese de investimento válida é que ele é totalmente volátil. É cinco vezes a volatilidade do ouro”, disse um dos convidados.
Na época, o preço do Bitcoin estava cotado a US$ 22.805,16. No mercado brasileiro, o BTC já havia superado os R$ 100, sendo negociado a R$ 105.920,55 naquela data.
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