O ecossistema Bitcoin vive um momento de intensa dualidade. Enquanto isso, um novo projeto de Layer 2, o Bitcoin Hyper, atrai investimentos maciços sinalizando confiança no futuro da rede. Em meio a tudo isso, uma atualização técnica fundamental, o Bitcoin Core v30, gera profundas divisões na comunidade sobre a direção que o protocolo deve tomar.
O cerne da discussão reside em uma limitação técnica histórica do Bitcoin: a capacidade de armazenar dados diretamente em sua blockchain. Por anos, o opcode “OP_RETURN”, que permite o registro imutável de pequenas informações (como hashes de documentos ou atestados digitais), foi limitado a 80 bytes. O Bitcoin Core v30 propõe uma mudança radical, removendo esse limite e permitindo que dados de quase 4MB (o tamanho total de um bloco) sejam armazenados via OP_RETURN.
Os desenvolvedores defensores da atualização argumentam que a mudança é benéfica. Eles acreditam que a antiga limitação forçava os usuários a usarem métodos criativos e menos eficientes para armazenar dados, o que, paradoxalmente, poderia sobrecarregar mais a rede.
Assim, a ampliação do `OP_RETURN` traria mais flexibilidade para aplicações on-chain, suporte aprimorado para notarização e um alicerce mais sólido para as infraestruturas de Layer 2.
Conservadores criticam atualização
Do outro lado do debate, liderados por figuras como Luke Dashjr e apoiadores do Bitcoin Knots (uma versão alternativa do cliente Bitcoin), a atualização é vista como uma porta aberta para o caos. O temor principal é o “spam” e o inchaço descontrolado da blockchain (chain bloat).
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Eles argumentam que armazenar permanentemente grandes quantidades de dados arbitrários – como os de NFTs Ordinais – na chain principal vai contra a visão do Bitcoin como um sistema monetário eficiente e minimalista.
Eles alertam que isso poderia aumentar significativamente os custos para executar um nó completo, ameaçando, portanto, a descentralização ao restringir a participação a entidades com grande poder computacional. Este debate ecoa os antigos “Block Size Wars” de 2017, que culminaram na criação do Bitcoin Cash, reacendendo o fantasma de um possível fork.
A queda de cerca de 30% nos nós do Bitcoin Knots nas últimas semanas, após um período de crescimento, é um sinal relevante. Embora personalidades como Jimmy Song critiquem a atualização, elas acalmam os ânimos, afirmando que “o Core v30 não vai matar o Bitcoin“.
Bitcoin Hyper: Otimismo na Layer 2
Enquanto o debate técnico sobre o núcleo do protocolo segue acalorado, as camadas de escalabilidade (L2) avançam concretamente. O Bitcoin Hyper (HYPER) exemplifica esse movimento, com sua pré-venda ultrapassando a marca de US$ 18 milhões em captação.
O projeto se posiciona como uma L2 que visa resolver limitações históricas de velocidade e custo do Bitcoin através da integração da Solana Virtual Machine (SVM). A proposta é expandir a utilidade da rede principal, habilitando um ecossistema para DeFi e aplicações descentralizadas (dApps) sem abrir mão da segurança base.
Além disso, esse avanço prático nas L2 ocorre em paralelo às discussões fundamentais sobre o núcleo do Bitcoin. Isso ilustra a disputa no coração do ecossistema entre a conservação da base segura versus inovação na periferia. A expectativa em torno do preço do Bitcoin Hyper e o expressivo volume de capital captado pelo HYPER sinaliza uma demanda clara do mercado por soluções de escalabilidade imediatas.
Dessa forma, para mais informações técnica e sobre o andamento da pré-venda, o site oficial do projeto é a fonte primária recomendada. Inclusive para aqueles que querem comprar Bitcoin Hyper.
Aviso: Este artigo tem funcionalidade exclusivamente informativa, e não constitui aconselhamento de investimento ou oferta para investir. O CriptoFácil não é responsável por qualquer conteúdo, produtos ou serviços mencionados neste artigo. Recomendamos que você sempre faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar qualquer decisão financeira. Invista apenas o que você pode se dar ao luxo de perder.