O mercado de criptomoedas vive dias de contrastes. De um lado, grandes instituições ampliam posições em ETFs de Bitcoin, mesmo após a volatilidade recente. De outro, investidores comuns buscam oportunidades em pré-vendas agressivas, como a do Bitcoin Hyper, que já se aproxima de US$ 28 milhões arrecadados. Esse ambiente revela, portanto, duas forças simultâneas moldando o setor.
Harvard, que administra o maior fundo universitário do mundo, alterou sua estratégia e reforçou sua aposta no Bitcoin. A universidade triplicou sua exposição em ETFs à vista, segundo um documento enviado em 14 de novembro às autoridades dos EUA. O movimento chamou a atenção porque a instituição raramente altera posições com tanta intensidade.
Os dados mostram que Harvard agora detém 6.813.612 ações do IBIT, o ETF de Bitcoin administrado pela BlackRock. Esse número representa um salto de 257% em relação aos 1.906.000 papéis registrados no fim de junho. Como resultado, o IBIT se tornou a maior posição individual divulgada pelo fundo, superando nomes como Microsoft, Amazon e até o SPDR Gold Trust.
Reserva de Bitcoin
No fechamento de 30 de setembro, essa participação valia US$ 442,8 milhões. Entretanto, com a queda do Bitcoin ao longo de outubro e novembro, o valor atual recuou para cerca de US$ 364,4 milhões. Mesmo assim, a posição impressiona porque corresponde a apenas 0,6% do patrimônio total de Harvard, estimado em US$ 57 bilhões.
O analista Eric Balchunas, da Bloomberg, comentou que conseguir o interesse de uma universidade como Harvard representa “uma validação extremamente rara” para um ETF. O IBIT, que lidera o mercado por ativos sob gestão, enfrenta mais de US$ 530 milhões em saídas na semana, mas ainda domina o setor com folga.
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Harvard não está sozinha nesse movimento institucional. A Emory University, sediada na Geórgia, também aumentou sua aposta. A instituição ampliou em 91% sua exposição ao Grayscale Bitcoin Mini Trust, somando mais de 1 milhão de ações. O interesse institucional ainda inclui o Oriente Médio. O fundo soberano de Abu Dhabi, o Al Warda Investments, elevou sua posição no IBIT em quase 230%, acumulando 7.963.393 ações, avaliadas em US$ 517,6 milhões.
Bitcoin Hyper
Enquanto isso, o varejo segue outro caminho. A forte correção de novembro levou investidores menores a evitar grandes criptos. Assim, muitos usuários priorizam stablecoins, reservas de liquidez e pré-vendas específicas. Entre essas, a que mais chama atenção neste mês é o Bitcoin Hyper ($HYPER), que já ultrapassou US$ 27 milhões em captação e segue avançando rumo aos US$ 28 milhões.
O Bitcoin permanece estável perto de US$ 103 mil, mas acumula queda de 4% em novembro. Em contrapartida, o $HYPER cresce rapidamente, impulsionado pela dominância do próprio Bitcoin acima de 57%, o que costuma limitar o avanço das altcoins tradicionais. Como é um projeto construído exclusivamente sobre a narrativa do BTC, ele se beneficia da migração de liquidez quando o mercado fica mais seletivo.
O projeto promete entregar uma Camada 2 para o Bitcoin, com foco em transações rápidas e baratas. Contudo, a grande diferença está na possibilidade de criar aplicações descentralizadas completas ancoradas diretamente no Bitcoin, algo considerado inédito em escala. A transferência entre camadas ocorre por meio de um contrato inteligente autônomo integrado à Máquina Virtual Solana, permitindo operações sem fricção e com segurança reforçada.
O analista Borch Crypto, no YouTube, destaca que o Bitcoin Hyper pode redirecionar liquidez que hoje está presa em altcoins. Ele afirma que a combinação entre o poder de liquidação do Bitcoin e a velocidade de execução da rede cria um “diferencial incomparável”. Desse modo, comprar Bitcoin Hyper agora pode ser uma ótima oportunidade para os investidores.
Essa percepção explica o interesse crescente. A pré-venda já soma mais de US$ 27 milhões, colocando o $HYPER entre os maiores lançamentos do ano. Hoje o token custa US$ 0,013265, mas análises de preço do Bitcoin Hyper apontam estreias próximas de US$ 0,0425 e cenários que chegam a US$ 0,210 até dezembro.