Parafraseando a citação mais famosa de Júlio César, o Bitcoin (BTC) “foi, viu e venceu” a sua última grande resistência. Como resultado, o preço do Bitcoin hoje abriu acima de US$ 110 mil e renovou sua máxima história, alcançando a marca de US$ 111.544 na manhã desta quinta-feira (22).
Essa valorização coloca 100% dos detentores de BTC no lucro, dado o rompimento da máxima.
No Top 10 das criptomoedas, a Dogecoin (DOGE) e Cardano (ADA) dividiram o posto de maior alta do dia com ganhos de 7,1%. O Ethereum (ETH) também teve forte alta e valorizou 5,7%, o que fez seu preço chegar em US$ 2.667 ao longo da manhã. Já a memecoin FARTCOIN liderou os ganhos entre as 100 maiores criptomoedas, com seu preço abrindo em alta de 20%.
O rompimento do topo histórico fez o Bitcoin acumular ganhos de 17,11% desde o início de maio, segundo o Coinglass. Com isso, a criptomoeda atinge seu melhor desempenho para o mês desde a alta de 52% registrada em maio de 2019.
Preço do Bitcoin hoje: Alta do BTC pode “ressuscitar” altseason
Ao contrário de outros ciclos, dessa vez são os ETFs de Bitcoin que estão liderando o movimento de alta. O total de entradas líquidas nesses fundos ultrapassou US$ 2,8 bilhões este mês, elevando o total de ativos em ETFs para mais de US$ 122 bilhões, de acordo com Reece Hobson, analista da eToro Austrália.
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“A alta do Bitcoin para a máxima histórica de US$ 111 mil decorre de múltiplos catalisadores. As entradas institucionais, particularmente por meio de ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, injetaram bilhões no mercado, enquanto o halving de abril restringiu a oferta”, disse o analista.
Ainda assim, a atenção começa a se voltar para a possibilidade de o recente rompimento preparar o cenário para uma nova força nas altcoins, que apresentaram desempenho bastante inferior ao esperado no ciclo atual. Ou seja, o retorno da chamada altseason, que muitos davam como encerrado e “morto“.
“A temporada de altcoins começará quando dois eventos importantes se alinharem. Um deles é a flexibilização quantitativa criada pelo Federal Reserve, que injeta mais liquidez no sistema. O segundo evento ocorre quando a dominância do Bitcoin atingir cerca de 70%”, disse Hobson.
No entanto, Mena Theodorou, cofundador da corretora australiana Coinstash, disse que a chegada de uma altseason permanece improvável no curto prazo. De acordo com o executivo, o Bitcoin ainda está em fase de descoberta de preços e esse momento sempre atrasa a valorização das altcoins.
“À medida que o Bitcoin avança na descoberta de preços, ele tende a absorver grande parte da liquidez do mercado. É mais provável que vejamos força em altcoins e setores selecionados, em vez de uma recuperação generalizada”, completou Theodorou.