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O preço do Bitcoin (BTC) continua sendo um ponto focal para os investidores, sobretudo após a sua estabilização por volta dos US$ 96.000. De acordo com o CoinGecko, a criptomoeda registrou alta de 0,8% nesta quarta-feira (19) e abriu o dia valendo US$ 96.380.
Essa valorização fez o BTC voltar a abrir vantagem sobre o suporte de US$ 95.000, limite que os analistas argumentam que pode determinar sua trajetória de curto prazo. Para o analista Rafael Bonveti, da Bitget, o nível de US$ 93.000 também pode definir a trajetória de curto prazo do BTC.
“Os alvos principais para alta incluem a máxima de 3 de fevereiro, em US$ 102.530. Por outro lado, um rompimento abaixo do suporte em US$ 93.630 pode levar o preço à região dos US$ 80.000”, disse Bonveti.
Enquanto isso, a análise mais recente de Ki Young Ju, CEO da CryptoQuant, aponta para outro fator relevante: a base de custo do Bitcoin. Ou seja, o preço no qual diversos grupos de investidores adquiriram BTC ao longo do tempo, que também dá sinais do quanto esses grupos podem tolerar de prejuízo.
Em um tuíte publicado nesta quarta-feira, Young Ju trouxe detalhes sobre o custo base de aquisição do BTC. Segundo o gráfico, existem quatro grupos principais envolvidos nas grandes operações de Bitcoin:
O valor de cada grupo indica até que preço o BTC pode cair até que essas entidades passem a acumular prejuízo. Isso mostra que os investidores lucrativos são justamente os que compraram a criptomoeda há mais tempo. Já os os investidores institucionais estão mais próximos do ponto de equilíbrio, visto que compraram BTC quanto o preço já estava elevado.
Enquanto isso, as empresas de mineração enfrentam maior pressão, pois os mineradores precisam vender Bitcoin para arcar com custos de eletricidade e manutenção das máquinas. Por isso, sempre que o preço de mercado do BTC cai abaixo do custo base dos mineradores, o mercado costuma entrar em tendência de baixa.
Dessa forma, uma queda abaixo de US$ 57 mil pode sinalizar um mercado em baixa, como aconteceu em 2018 e 2020. Já as empresas que adquiriram BTC não entram nessa estatística, mas o CEO da Strategy, Michael Saylor, dobrou a aposta na adoção corporativa do BTC esta semana.
“A escassez e a demanda institucional do Bitcoin redefinirão as estratégias globais de tesouraria”, disse Saylor.
Com o preço do Bitcoin levemente acima de US$ 95.000 e catalisando uma liquidação de US$ 340 milhões em 24 horas, o mercado parece estar aquecido. Só que ainda há riscos do fechamento semanal atingir essa marca e fazer a criptomoeda entrar numa zona de correção.
Se o BTC cair abaixo da Área de Valor Mínima (VAL, na sigla em inglês) de US$ 93.300, isso sugere uma tendência de baixa sustentada e uma possível revisita do nível de suporte estabelecido em US$ 88.700. Existem dois cenários nos quais o BTC pode tomar caminhos inversos, indo de uma forte perda até novas máximas.
Caso o BTC de fato caia e atinja a região de US$ 93.000, essa queda repentina pode catalisar um long squeeze, ou seja, liquidar rapidamente posições compradas. Se isso acontecer, o Bitcoin pode cair forte e resultar em liquidações que levariam o preço até US$ 86.000.
Ao mesmo tempo, este nível de suporte se torna um ponto de interesse para traders de curto prazo que buscam jogar uma negociação de reversão média para US$ 100 mil.
A meta de preço do Bitcoin de US$ 120 mil é uma estimativa conservadora para uma nova máxima histórica no curto prazo. De fato, muitos traders esperam que a criptomoeda chegue até US$ 130 mil em fevereiro. A meta de US$ 150 mil a US$ 200 mil é o cenário otimista em que o sentimento de alta volta ao mercado e leva os preços do Bitcoin a níveis mais altos.
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