O fim de semana não trouxe surpresas para o Bitcoin (BTC), cujo preço se manteve na região dos US$ 97.000. Durante a semana passada, o BTC registrou perdas de 1,01% e permaneceu estável no final de semana, sem grandes movimentações.
Este movimento se repetiu nesta segunda-feira (10), mas o BTC teve uma leve alta de 1% que fez o preço se reaproximar dos US$ 98.000. Já o Ethereum (ETH) não teve a mesma sorte: seu preço caiu 8,09% na semana passada, de acordo com dados do Coinglass, e teve leve baixa de 0,6% nesta segunda-feira. Isso fez o ETH se manter na região de US$ 2.600.
Nas últimas 24 horas, o Top 10 abriu majoritariamente em queda, com a BNB caindo 5,2% e abrindo com a maior queda do dia. O XRP caiu 1,2% e a Dogecoin (DOGE) perdeu 1,5%, sendo as três maiores quedas do dia. Além do Bitcoin, apenas a Solana (SOL) se valorizou e abriu com alta de 1,1%, ainda puxada pelo reconhecimento de seu ETF na semana passada.
Só que nesta semana tem um catalisador que pode fazer o Bitcoin retomar os US$ 100 mil: o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Comitê Bancário do Senado dos EUA. Mas esta fala também pode desencadear novas quedas, dependendo do diagnóstico que Powell fizer sobre a economia e a inflação.
Bitcoin nos US$ 100 mil com fala de Powell?
Powell deve testemunhar perante o Comitê Bancário do Senado na terça-feira (11) e no painel de Serviços Financeiros da Câmara no dia seguinte (12). Essa apresentação faz parte do depoimento que o presidente do Fed presta ao Congresso a cada seis meses.
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No disurso, Powell deve fazer um balanço do período aos legisladores e também avaliar a situação da economia. E é aqui que o discurso dele pode causar impactos no preço do Bitcoin.
O presidente do Fed provavelmente indicará que a economia segue resiliente e sem risco de recessão, bem como destacará seu mandato duplo de manter a estabilidade de preços e atingir o pleno emprego. Além disso, Powell deve voltar a dizer que adotará uma abordagem baseada em dados para reduzir a inflação.
Mas o principal ponto da reunião deve ser a taxa de juros dos EUA. De acordo com Tim Duy, da SGH Macro Advisors, os membros do Fed concordam que nenhum ajuste ocorrerá até o segundo semestre do ano. No entanto, essa perspectiva pode mudar rapidamente, pois o relatório de empregos de janeiro chegou a 143 mil, abaixo do consenso de 170 mil.
Um relatório de empregos mais fraco pode indicar que a economia está mais frágil do que o Fed pensa. Logo, isso talvez exija mais cortes de taxa para “estimular o crescimento“. Nesse sentido, o preço do Bitcoin pode subir caso Powell dê algum indicativo de que o Fed pode cortar os juros no primeiro semestre.
“O presidente Powell disse que o Fed precisa ver ‘progresso real’ na inflação ou alguma fraqueza do mercado de trabalho para considerar o ajuste das taxas”, afirmou a Bloomberg.
Possibilidades
Se Powell reconhecer, durante a sua fala, que a inflação está em queda ou que o mercado de trabalho continuará fraco, e sugerir um corte nas taxas antes de junho de 2025, isso pode catalisar um comportamento de risco e impulsionar novas altas no preço do Bitcoin.
Embora os dados de emprego tenham mostrado fraqueza, a recuperação nos ganhos médios por hora e salários em paridade com as expectativas do Fed sugere que o banco central pode se manter firme na decisão da taxa de juros. A próxima impressão do IPC principal, no entanto, pode mudar essa posição.
“Achamos que o CPI de janeiro oferecerá evidências mistas. Esperamos que a inflação principal e o CPI principal subam 0,3%”, disseram economistas da Bloomberg.
Se o IPC principal vier abaixo do previsto pelo consenso, isso pode levar o Fed a reconsiderar sua decisão sobre a taxa de juros e fazer mais cortes em 2025. Nessas circunstâncias, o preço do Bitcoin pode dar início a uma tendência de alta e potencialmente avançar para US$ 100 mil.
