O ano de 2019 foi de altos e baixos para as criptomoedas, principalmente para o Bitcoin. Porém, segundo alguns analistas, a expectativa para o próximo ano é de um crescimento acelerado e algumas novidades. A principal aposta é no uso cada vez maior dessas moedas – não apenas na internet, mas também em espaços físicos.
Por serem moedas livres de qualquer controle estatal, as criptomoedas se tornaram uma das formas prediletas de pagamento por parte das pessoas que desfrutam, por exemplo, de entretenimento online. Se, para ilustrar esse fato, pegarmos a lista dos top 10 casinos online mais bem avaliados e seguros para os brasileiros, veremos que uma boa parte deles já permite o pagamento com moedas digitais, seja a valorizada e popular do Bitcoin ou outras como a Litecoin ou a Ethereum, que também são fortes no mercado.
Além das criptomoedas, a tecnologia blockchain também está ganhando espaço, e um exemplo disso é seu uso em algumas das grandes produtoras de jogos eletrônicos. A Ubisoft, responsável por franquias como Assassin’s Creed e Far Cry, anunciou um acordo para aprimorar a distribuição de produtos online utilizando a popular tecnologia entre as criptomoedas. Trata-se de uma iniciativa inédita e que, se bem-sucedida, talvez conquiste outras grandes produtoras do universo de games.
O principal objetivo para 2020, no entanto, é que tanto as criptomoedas quanto a tecnologia blockchain se expandam cada vez mais para além do mundo virtual, ideia que parece já estar tomando forma. Conforme relatado em matéria do portal Pplware, a Starbucks, uma uma das principais cafeterias do mundo, por meio do serviço da Bakkt, deve ser um dos primeiros grandes clientes da empresa de Wall Street a aceitar Bitcoin como forma de pagamento. Um sinal verde para o mundo e, principalmente, para o mercado financeiro.
Altos e baixos de 2019
Notícias desse tipo estão tendo um impacto positivo mundo afora, principalmente em termos de recuperação da confiança no mercado de criptomoedas. O ano de 2019 foi complicado, com muitas variações e algumas quedas bruscas para o Bitcoin. A moeda chegou a sofrer quedas de até US$ 600 no valor, principalmente entre os meses de agosto e novembro, e mostrou que o cenário não era de valorização. No entanto, alguns especialistas, como Peter Brandt, afirmaram que não é impossível imaginar a moeda chegando aos US$ 5 mil.
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Entretanto, essas oscilações não são necessariamente algo negativo, já que o mercado financeiro vive de altos e baixos. Em 2018, o Bitcoin passou por um momento muito parecido e, logo depois, conseguiu se recuperar. O aumento no uso dessa moeda deve ocasionar algo semelhante em 2020, deixando o ambiente financeiro mais otimista. Até lá, quem investe em criptomoedas deve ficar atento em relação aos altos e baixos de seus valores. Uma dica para se manter atualizado a respeito do assunto é acompanhar algumas das análises de mercado que são feitas agora no final do ano.
Sean Barger, diretor administrativo da gigante CPU Coin, é otimista quanto ao valor do Bitcoin para os próximos meses. Ele espera uma valorização histórica, que supere os US$ 13 mil e chegue até os US$ 20 mil. É difícil fazer qualquer previsão concreta quanto a todos esses valores, mas o fato de que essas são palavras e análises de pessoas que trabalham e possuem experiência no cenário de valorização das criptomoedas deve ser levado em conta.
Mercado brasileiro
Se lá fora o otimismo está focado na valorização da moeda, aqui no Brasil as atenções estão voltadas para algumas boas notícias que estão aparecendo a respeito desse mercado. A criação do primeiro protocolo de blockchain da América Latina, por exemplo, foi noticiada e deve ser um marco no mercado financeiro virtual, além de ter sido uma forma de mostrar que os brasileiros estão na vanguarda de tal tecnologia.
Iniciativas como essa podem fazer com que as criptomoedas ganhem mais espaço no país, seja comercialmente ou até mesmo entre o público em geral. Algumas pessoas ainda acreditam em alguns mitos do Bitcoin, como o de que a moeda só pode ser comprada por alguém que tenha um amplo conhecimento sobre informática. No entanto, notícias como a desse primeiro protocolo latino-americano ajudam a acabar com alguns dos estigmas que recaíram sobre essa moeda largamente comercializada por aqui.
Com o valor na casa dos R$ 30 mil, o Bitcoin continua sendo uma boa opção para o brasileiro usar online e também algo em que pode investir com cautela. Mesmo com o momento oscilatório da moeda, as expectativas para 2020 são boas. O incentivo para que este mercado seja mais bem compreendido e ao mesmo tempo explorado é sempre bem-vindo. Quem sabe o Brasil, com mais de 208 milhões de habitantes, não vira uma referência na hora de pagar um café com Bitcoin.
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