Depois de pouco mais de seis meses, e com muitos altos e baixos, o Bitcoin (BTC) registrou nesta quarta-feira (20) um novo recorde histórico de preço (ATH) em US$ 66.208. A ATH anterior, registrada em abril deste ano, era de US$ 64.863,10.
No Brasil, contra o real, o Bitcoin também bateu seu recorde de preço ao alcançar R$ 368.533, superando o recorde anterior de cerca de R$ 365.000.
O recorde do BTC em dólares chega logo após o Bitcoin fazer seu maior fechamento semanal da história. A alta acumulada no último mês já é superior a 30%.
Além disso, desde o início do ano, quando era negociada em US$ 29.280, a maior criptomoeda já subiu mais de 125%.
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Por trás da alta histórica mais recente está a aprovação de um ETF de Bitcoin nos Estados Unidos, algo aguardado por quase uma década pelos empreendedores de criptomoedas e as empresas tradicionais de finanças.
Na terça-feira (19), conforme noticiado pelo CriptoFácil, o ETF de BTC da ProShares, intitulado “Bitcoin Strategy ETF” foi listado na Bolsa de Nova York (NYSE) sob o código BITO. No primeiro dia de negociações, o volume negociado se aproximou de US$ 1 bilhão.
O que dizem os especialistas sobre ATH do Bitcoin
Conforme destacou Vinicius Frias, CEO do Alter e Diretor do Méliuz, em um intervalo de três meses o Bitcoin saiu da casa de 30 mil dólares para mais de 65 mil dólares, sendo a maior parte nos últimos dias.
“As pessoas gostam de procurar justificativas de curto prazo, e às vezes existem. A mais forte foi a atual aprovação de um ETF de Bitcoin na Nasdaq, Estados Unidos. Mas eu gosto de pensar que os fundamentos sólidos são os mesmos que impulsionam a alta desde o ano passado, que é ainda mais expressiva: maior adoção pelo mercado institucional de forma geral e, principalmente, por ser um ativo contra a expansão monetária que atinge o mundo desde o início da pandemia”, destacou.
Já Bernardo Schucman, vice-presidente sênior de operações de Data Center da CleanSpark, afirmou que sua aposta continua sendo em uma forte alta do Bitcoin. Para ele, até o final deste ano, o Bitcoin ainda pode alcançar US$ 150 mil.
Quem também concordo que a alta continuará é Rafael Izidoro, CEO da Rispar:
“O ano de 2021 tem sido agitado para o Bitcoin, e muito positivo para a maturação do mercado”, disse. “Com a economia global em crise, os olhos se voltam cada vez mais para o Bitcoin como um excelente investimento, reserva de valor e um refúgio contra a inflação. Esse ciclo de alta ainda não acabou!”
Trajetória do Bitcoin em 2021
Como mencionado, o BTC começou 2021 cotado pouco abaixo de US$ 30.000. Naquela época, a maior criptomoeda em valor de mercado estava em franca ascensão.
Ainda em janeiro, o BTC atingiu US$ 40.000, um recorde até então. Depois retrocedeu para a casa dos US$ 30.000 mais uma vez.
Em fevereiro, o movimento de alta foi retomado e intensificado, com o Bitcoin atingindo um topo acima de US$ 57.700. Isso ocorreu após Elon Musk, CEO da Tesla, anunciar que a empresa possuía US$ 1,5 bilhão em Bitcoins. Da mesma forma, após o recorde, a criptomoeda recuou para US$ 44.000.
Então, veio o mês de março e o BTC superou US$ 60.000 pela primeira vez na história. A ATH coincidiu com o anúncio de um pacote de estímulo que injetou US$ 1,9 trilhão na economia dos EUA.
Recorde histórico em abril
Mas isso não foi tudo. Finalmente, em abril, o Bitcoin alcançou seu recorde histórico em US$ 64.863,10, que só foi superado nesta quarta.
Contudo, em maio, a moeda digital registrou uma forte correção. Pela primeira vez desde fevereiro, o Bitcoin foi negociado em torno de US$ 30.000.
Em junho e julho, o desempenho foi ainda pior e o Bitcoin caiu para menos de US$ 29.700. Essa baixa foi associada a recorrentes investidas da China contra o mercado cripto e a mineração.
A maré de baixa reverteu no início de agosto e o Bitcoin tomou fôlego. No mês seguinte, em setembro, o BTC voltou a ser negociado acima de US$ 50.000 novamente.
Por fim, os rumores da aprovação de um ETF de Bitcoin nos EUA sustentaram a alta que culminou na nova ATH.
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