Um relatório recente da empresa especialista em soluções e tecnologia financeira Transfeera revelou que os bancos tradicionais, os “bancões”, estão perdendo espaço para as fintechs.
Prova disso é que, em um período de quatro anos, essas instituições financeiras viram quase metade de seu mercado migrar para bancos digitais como o Nubank. Isso inclui tanto pagamentos de pessoas físicas quanto jurídicas.
O levantamento considerou os mais de 6 milhões de transações processadas pela empresa de abril de 2017 a agosto deste ano.
De acordo com a Transfeera, o relatório reforça a crescente perda de espaço dos grandes bancos dentro da indústria de pagamentos.
Bancos digitais crescem em pagamentos
Conforme noticiado pelo Valor Investe, em 2017, 100% dos pagamentos realizados pela plataforma de automação da Transfeera, incluindo pessoas físicas e jurídicas, eram direcionados aos cinco maiores bancos nacionais na época. Ou seja: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú e Santander.
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Contudo, esse percentual caiu para 45% quatro anos depois, portanto, uma perda de 55% do mercado.
Além disso, considerando apenas os pagamentos envolvendo pessoas físicas, em abril de 2017 as transações da Transfeera eram 100% dominadas pelos grandes bancos. Em agosto deste ano, o percentual caiu para 56%.
A instituição financeira que mais está perdendo mercado para os bancos digitais é a Caixa Econômica Federal (CEF).
Há 4 anos, cerca de 40% das transações da Transfeera eram movimentadas pela CEF. No mês passado, o número caiu para 14%.
Em seguida, em termos de perda de mercado, vem o Santander, cuja participação caiu de 30% para 11% no período.
Por outro lado, o Nubank foi o banco digital que mais cresceu. Há cerca de 1 ano, a fintech detinha 10,5% das transações na plataforma de pagamentos da Transfeera. Esse número cresceu para 19,5% em agosto deste ano.
Considerando apenas as transações de pessoas jurídicas, a perda geral foi de 33%. Nesse cenário, o Itaú foi o “bancão” que mais perdeu mercado.
Em 2017, o banco respondia por 60% das transações na Transfeera. Quatro anos depois, o percentual despencou para 10%. A CEF também registrou uma grande perda, saindo de 27% para apenas 4%.
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