Pouco tempo depois de lançar sua moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês), a eNaira, a Nigéria está investindo contra o mercado de criptomoedas.
Na última semana, o Banco Central nigeriano (CBN) ordenou que os bancos comerciais do país congelassem as contas de certos indivíduos por supostamente negociarem criptoativos.
De acordo com um relatório da mídia nigeriana Peoples Gazette, a ordem consta em uma circular de 3 de novembro.
O documento em questão, assinado pelo Diretor de Supervisão Bancária, JY Mammanand, foi dirigido aos bancos.
“Você está, por meio deste, direcionado a fechar contas de clientes bancários não listados. E colocar os fundos das contas em contas suspensas por se envolver em negociação de criptomoeda em violação da Circular CBN BSD/DIR/PUB/014/001 datada de 5 de fevereiro de 2021.”
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As contas em questão pertencem a dois indivíduos, Nnamdi Francis Okereke e Nwaorgu Kingsley Chibuzor. Além disso, uma empresa chamada TVS Hallmark Service Limited também está envolvida.
Nigéria investe contra criptomoedas
Em fevereiro, o CBN proibiu as instituições financeiras de fornecerem serviços com criptoativos. Na época, a autoridade monetária citou preocupações com volatilidade, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Além disso, o governador do CBN, Godwin Emefiel, afirmou que a maioria das transações com ativos digitais por meio de bancos comerciais no país eram “ilegítimas”. Ou seja, estariam sendo usadas para financiar atividades ilícitas.
Como parte da ordem, o banco central nigeriano instruiu os bancos comerciais a identificar e fechar contas vinculadas a atividades de negociação de criptomoedas.
Conforme relatou o The Block, o CBN esclareceu posteriormente que as criptomoedas não são proibidas no país. De acordo com o banco central, a proibição era para impedir o uso do aparato financeiro em transações com criptomoedas.
Após a proibição, as transações P2P passaram a representar a maior parte da atividade comercial com criptoativos do país.
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