O Banco Central do Brasil (Bacen) destacou em seu último relatório da balança comercial que os criptoativos também contribuem para a redução no superávit comercial na conta de bens do balanço de pagamentos.
Segundo o Bacen, em um documento publicado pela instituição, o Comitê de Estatísticas de Balanço de Pagamentos, órgão consultivo sobre metodologia das estatísticas do setor externo ao Departamento de Estatísticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), recomendou classificar a compra e venda de criptoativos (especificamente aqueles para os quais não há emissor) como ativos não-financeiros produzidos, o que implica sua compilação na conta de bens do balanço de pagamentos.
Desta forma, o Bacen indica também que a atividade de mineração de criptoativos passar a ser tratada como um processo produtivo e que portanto, como o Brasil é um grande “importador” de criptoativos, isso também tem prejudicado o superávit nacional.
“Por serem digitais, os criptoativos não têm registro aduaneiro, mas as compras e vendas por residentes no Brasil implicam a celebração de contratos de câmbio. As estatísticas de exportação e importação de bens passam, portanto, a incluir as compras e vendas de criptoativos. O Brasil tem sido importador líquido de criptoativos, o que tem contribuído para reduzir o superávit comercial na conta de bens do balanço de pagamentos.”
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