A Argentina enfrenta uma crise financeira em plena valorização do Bitcoin.
No início de novembro, o El País fez uma triste publicação sobre a situação no país. Nela, é dito que os hermanos olham sem esperanças para o futuro.
A falta de esperança é justificada. O índice de pobreza no país saltou mais de 5% e à época assolava 40,9% da população argentina.
Ademais, o peso argentino desvalorizou 35,3% perante o dólar estadunidense.
É difícil não lembrar do conselho do bilionário Tim Draper dado a Mauricio Macri em 2019: declarar o Bitcoin como moeda argentina.
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Peso argentino derrete
A diferença do peso argentino para real não é grande. Em termos de desvalorização perante o dólar, é possível ver no gráfico abaixo como o real se porta:
Inclusive, a moeda brasileira chegou a ter um desempenho pior do que a moeda argentina.
Contudo, com o passar dos meses, o peso derreteu ao passo que o real exibiu uma pequena recuperação.
Ao todo, o peso argentino hoje exibe um declínio de 35,3% em relação ao dólar. No câmbio, o equivalente a US$ 1 na moeda argentina é cerca de 83 pesos argentinos:
É clichê dizer, mas o Bitcoin exibe um bom caso de uso em ambos os países.
Crises econômicas, moedas em queda livre e sem esperanças de melhora no curto prazo. Embora a situação do Brasil esteja ligeiramente melhor, a Argentina fica na próxima esquina.
Em uma visita à Argentina em março de 2019, Tim Draper falou com o então presidente Mauricio Macri:
“Reconhecer e legalizar o Bitcoin é uma das saídas para que a Argentina consiga superar sua crise econômica e melhorar a situação do país.”
Draper até mesmo brincou, fazendo uma aposta entre a valorização do peso e o BTC.
Caso o BTC valorizasse mais do que o peso em um ano, a criptomoeda deveria ser adotada como moeda nacional.
É seguro dizer que o peso não teve, nem de perto, um desempenho melhor que o do Bitcoin.
Restrição de dólares para pesos argentinos
É importante ressaltar outro fator vivenciado na Argentina.
Há um limite para compra de dólares no país que, em outubro de 2019, era de US$ 200 mensais.
Em setembro deste ano, o presidente Alberto Fernandez afirmou que pretende manter o limite.
Ainda, estendeu o limite para compras em cartões de crédito e débito — ferramentas utilizadas pela população para evadir o limite.
Desta forma, mais do que nunca, o BTC se apresenta como medida para circundar as regras impostas pelo governo argentino.
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