A tecnologia blockchain deve ser adotada como parte de um plano para impulsionar o desenvolvimento do mercado de empréstimos secundários na China, de acordo com um documento emitido pela Comissão Regulatória Bancária da China (CBRC, na sigla em inglês).
Conforme publicado pelo site de notícias CoinDesk, o documento emitido em 19 de janeiro, redigido por um comitê especial, aborda uma variedade de tópicos em torno do desenvolvimento e regulamentação de tecnologias financeiras. Em uma seção sobre o desenvolvimento futuro do mercado de crédito da China, a Comissão sugere que o país deveria dobrar a adoção da tecnologia blockchain.
“À medida que o tempo passa, a tecnologia blockchain aumentará a eficiência do compartilhamento de dados críticos, como balanços, e promoverá um mercado de empréstimos secundários mais líquidos. Integrar essa tecnologia em nossas plataformas de serviços financeiros deve ser parte da estratégia futura”, dizia o documento emitido pela CBRC, importante órgão regulador financeiro da China que atua sob o Conselho Estadual do país.
Esse novo posicionamento é resultado de pesquisas e também de recentes visitas feitas pelo comitê chinês ao Reino Unido e à França no ano passado. Vários bancos europeus já participaram de iniciativas que utilizam uma plataforma baseada em blockchain para emitir empréstimos sindicados.
O documento emitido também vem como um exemplo de que autoridades chinesas possam estar assumindo posições diferentes em relação à blockchain e à criptomoeda. A CBRC considera importante o potencial que a blockchain pode ter na promoção do mercado de empréstimos. Apesar de atualmente levantar a bandeira a favor da tecnologia, a Comissão faz parte do grupo de sete agências estatais chinesas que emitiram, em conjunto, a proibição das atividades de ofertas iniciais de moedas em setembro de 2017 dentro do país.
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