Em contramão à China que baniu as corretoras de criptomoedas e as ICOs (ofertas iniciais de moedas), o Japão tem apresentado o maior volume de negociação de moedas digitais do mundo. Hoje em dia, a China tornou-se um grande desperdício no universo das criptomoedas, enquanto o seu vizinho, o Japão, aprova leis favoráveis ao mercado das moedas digitais.
Os investidores japoneses estão enlouquecidos com as criptomoedas, porém de acordo com as últimas notícias, eles ainda amam sua moeda local. Masao Muraki, estrategista financeiro do Deutsche Bank, banco alemão, citou um reporte da bolsa de valores do Japão afirmando que 40% de todos os Bitcoins negociados entre outubro e novembro foram feitos em yen, moeda nacional japonesa. De acordo com o Japan Times, jornal japonês, atualmente, essa marca aumentou para 56%.
O Japão é um dos primeiros países do mundo a considerar o Bitcoin um ativo legal. Nicholas Smith, analista de investimentos, disse que “enquanto a China e a Coreia têm discutido o fechamento das corretoras de criptomoedas, o Japão, em abril de 2017, aprovou uma lei que reconhece as criptomoedas como ativos legais”.
Atualmente, o Japão possui algumas das maiores corretoras de criptomoedas do mundo. Porém, uma recente onda de negativismo se espalhou pelos principais meios de comunicação após as recentes notícias relacionadas à Coincheck. A corretora de criptomoedas japonesa sofreu um ataque hack e anunciou que as vítimas serão reembolsadas.
Midori Kanemitsu, diretor financeiro da Bitflyer, maior corretora de moedas digitais do Japão, acredita que o país possui um sistema legal sólido para suportar a indústria cripto e construir credibilidade entre os negociadores e investidores. “Efetivamente, o Japão é o primeiro e único país que possui um sistema de regulamentação apropriado para mercado de criptomoedas. Isso é um ótimo negócio”, disse ele.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Os japoneses ainda amam seu dinheiro local e moram em um dos países mais dependentes do dinheiro vivo no mundo. De acordo com análises, 62% das transações do país são feitas em dinheiro. Isso significa quase três vezes mais que nos Estados Unidos. Existem mais caixas eletrônicos e agências bancárias no Japão do que na maioria de outros países, o que torna esse feitio mais conveniente para a população. Isso poderia significar, inclusive, um possível estouro na demanda por caixas eletrônicos que suportam Bitcoin.