O doutor em computação Craig Wright passou mais de oito anos alegando ser a pessoa por trás de Satoshi Nakamoto. No entanto, a farsa acabou “oficialmente” no dia 16 de julho de 2024. E pelas mãos do próprio Wright, que publicou uma declaração em seu site negando ser a pessoa por trás de Satoshi.
Conforme noticiou o CriptoFácil, Wright moveu vários processos contra quem tentava desmentir suas falsas alegações. O último deles, movido no Reino Unido, caiu nas mãos do juiz James Mellor. No final, Mellor afirmou que Wright não conseguiu provar ser Satoshi.
Além disso, o juiz também determinou o bloqueio de quase US$ 2 milhões em bens de Wright para garantir o pagamento das custas do processo. Por fim, o próprio decidiu acabar com a farsa e emitir uma declaração em seu site, que repercutiu em toda a comunidade.
Admitiu a mentira de Craig Wright
No julgamento de março, o tribunal britânico observou que Wright “mentiu repetidamente e chegou ao ponto de falsificar documentos que lhe permitiam vender as suas narrativas falsas”.
Ao fazer tudo isto, Craig Wright cometeu um crime mais grave: um abuso dos processos dos tribunais dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Noruega. Por isso, ele pode enfrentar acusações de perjúrio no Reino Unido.
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O juiz do Supremo Tribunal de Londres, James Mellor, encaminhou o caso de Wright aos procuradores britânicos, citando extensas e repetidas mentiras. Desde 2016, Wright alegava ser a pessoa por trás de Satoshi Nakamoto e processava sistematicamente quem discordasse publicamente de suas alegações.
Entre os processos mais famosos estão aqueles movidos contra Peter McCormack, no Reino Unido, e contra o pseudônimo Hodlonaut, na Noruega. Este último, aliás, publicou a admissão de mentira de Wright em seu perfil no X com uma mensagem irônica: “estou amando o site de Wright agora. E ficará assim durante três meses”.
A referência ao tempo se deve pelo fato de que a publicação no site de Wright partiu de uma ordem dada pelo juiz Mellor, que ordenou a manutenção do comunicado por três meses.
Alvo de novas punições
Mas a exposição pública não deve se restringir ao site de Wright, algo que Mellor considerou “insuficiente”. Por isso, o juiz determinou que o aviso deve ficar exposto nas redes sociais do programado durante pelo menos seis meses. Isso inclui uma publicação fixada em sua conta no X e no perfil de Wright no Slack.
De acordo com o juiz, o X e o Slack são os meios favoritos de comunicação de Wright com seu público, o que justifica a inclusão do aviso nesses perfis.
Além disso, o bloqueio de £ 1,548 milhão (US$ 1,97 milhão) em bens de Wright segue em vigor. Essa medida veio após uma solicitação feita por Peter McCormack, que perdeu seu caso contra Wright. Mas com a decisão atual, o “Faketoshi” será obrigado a reembolsar McCormack pelos custos do tribunal.
