A Bolsa de Valores do Brasil, a B3, está se preparando para lançar um produto de investimento em Bitcoin (BTC) após lançar sua exchange de ativos digitais, a B3 Digitas. De acordo com uma reportagem exclusiva do Cointelegraph, a B3 tem uma estratégia de longo prazo com as criptomoedas e pretende lançar em setembro um produtos de Futuros de Bitcoin.
Jochen Mielke de Lima, CEO da B3 Digitas, disse em entrevista ao Cointelegraph que a B3 avalia lançar um produto de futuros de BTC desde 2017. Ele também informou que o regulador está analisando a disponibilidade ao mercado do Contrato Futuro de Criptomoeda. Mas a ideia da B3 é que o produto chegue em cerca de três meses:
“A comunicação de lançamento do produto pela B3 será realizada com pelo menos um mês de antecedência para que o mercado possa se preparar. A previsão de entrega é para o 3º trimestre de 2023”, finalizou.
Exchange da B3
Lima também comentou na entrevista sobre a exchange da B3. Ele destacou que a plataforma tem foco no mercado de Software como Serviço (SaaS) e em instituições que desejam se expor ao mercado de criptoativos.
Conforme disse Lima, o objetivo da plataforma de cripto da B3 é construir infraestrutura e soluções institucionais para a economia tokenizada, que usa blockchain para “digitalizar” ativos do mundo físico.
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O executivo ressaltou que faz parte do planejamento estratégico da B3 fornecer serviços para projetos de ativos digitais de instituições financeiras e fintechs que queiram investir no segmento e disponibilizar essa oferta para seus clientes. Esses clientes podem ser, por exemplo, corretoras, instituições de pagamentos, fundos de investimentos, family offices e wealth managers.
“A intenção não é abrir uma exchange de criptomoedas para disputar investidores de varejo”, esclareceu ele.
Conforme destacou Mielke, atualmente a plataforma de cripto da B3 oferece cerca de 20 criptomoedas. A lista inclui Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Tether (USDT) e Litecoin (LTC). No entanto, a B3 Digitas pode listar novos ativos em breve.
Vale ressaltar que não é a Bolsa que faz a custódia dos criptoativos dos clientes. A bolsa conta com a parceria de custodiantes qualificados para este fim.
