Cerca de 2.112 clientes da Logbank Soluções em Pagamentos tiveram suas chaves Pix vazadas, conforme informou o Banco Central na quinta-feira (3). O vazamento ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro.
Além disso, o Bacen afirmou que dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos não foram expostos.
Embora confirmado na quinta-feira, o vazamento ocorreu no final de janeiro, entre os dias 24 e 25. Os usuários vítimas do vazamento tiveram os seguintes dados expostos junto com as chaves: nome do usuário, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), instituição de relacionamento e número da conta.
De acordo com a Agência Brasil, a Logbank também confirmou a invasão e posterior vazamento de dados. No entanto, o ataque aos dados foi contido pelas equipes de segurança e nenhum cliente sofreu prejuízo financeiro.
Receio com segurança do Pix
O Pix foi lançado em novembro de 2020 com a promessa de revolucionar o sistema de pagamentos brasileiro. Seu modelo de transferências gratuitas, 24 horas por dia e sete dias por semana, prometia mais economia e agilidade nas operações bancárias.
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Essas promessas de fato foram cumpridas e hoje mais de 70% dos brasileiros utilizam o Pix como meio de transferências. No entanto, os vazamentos trazem falhas de segurança que podem afetar negativamente os usuários.
Vazamento de dados não traz necessariamente prejuízos financeiros, mas os dados vazados ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo. Ou seja, podem ter sido copiados por hackers e ladrões, por exemplo.
Um usuário pode cadastrar até quatro tipos de chave: número de celular, CPF, e-mail ou chave aleatória. O último é o mais seguro, mas o acesso ao CPF ou celular é uma porta de entrada para a aplicação de golpes ou fraudes bancárias.
O Bacen informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas contra a Logbank. A empresa pode sofrer multa, suspensão ou até a exclusão do sistema do Pix.
Terceiro vazamento
Este foi o terceiro vazamento de chaves Pix em seus quase 15 meses de existência. O primeiro ocorreu em outubro e expôs dados de 395 mil chaves de clientes do Banco do Estado de Sergipe (Banese).
No último dia 21, foi a vez de 160,1 mil clientes da Acesso Soluções de Pagamento terem informações vazadas. Este caso afetou diretamente usuários de Bitcoin (BTC) no Brasil, já que a Acesso é utilizada pela Bipa, uma popular plataforma de compra de criptomoedas.
Nos dois casos foram vazados dados cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários. O mesmo ocorreu no caso da Logbank.
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