A Berkshire Hathaway, empresa controlada por Warren Buffet, investiu US$ 500 milhões no Nubank, conforme divulgado no blog da fintech brasileira.
O valor corresponde a R$ 2,5 bilhões na cotação atual. Segundo o Nubank, este foi o maior aporte individual recebido pela fintech desde que ela foi criada, em 2013.
O aporte faz parte de uma rodada de investimento Série G, iniciada em janeiro. A nova rodada elevou o valuation do Nubank para US$ 30 bilhões, valor que ultrapassa os R$ 150 bilhões.
Valuation recorde
Além da Berkshire, o Nubank captou mais US$ 250 milhões de outros investidores. Neste caso, foram as gestoras Verde, Sands e Absoluto.
Dessa forma, a captação total atingiu os US$ 750 milhões, cerca de R$ 3,75 bilhões. No valuation atual, o Nubank vale cerca de 50% a mais do que o Banco do Brasil, que possui valuation de R$ 104 bilhões.
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Criada em 2013, a fintech completou 8 anos recentemente. Nesse período, o Nubank ainda não conseguiu ter uma operação lucrativa.
Esta, aliás, é uma característica que difere dos demais investimentos da Berkshire, visto que Buffett não costuma investir em empresas de tecnologia, tampouco em startups que não geram lucro.
Em contrapartida, o banco se destacou através do seu forte crescimento na base de clientes.
“A nova rodada é fruto do crescimento hiperacelerado e sustentável do Nubank. A empresa é o maior banco digital do mundo em número de clientes — acabou de atingir a marca de 40 milhões. Nestes primeiros cinco meses do ano, cresceu a um ritmo de mais de 45 mil novos clientes por dia”, disse o Nubank.
O Nubank também possui operações na Colômbia e no México. Do mesmo modo que o Brasil, estes países enfrentam problemas de concentração bancária e altos juros.
Foco na expansão
Em linha com os planos da empresa, o investimento levantado será utilizado no apoio ao crescimento do Nubank. Inicialmente, três projetos receberão foco da equipe da fintech.
Primeiramente, pretende-se expandir a oferta de produtos aos clientes. Esta expansão acelerou depois que o Nubank anunciou a compra da corretora Easynvest no ano passado, diversificando os serviços para a área de investimentos.
A expansão internacional do Nubank também está na lista de planos. Por exemplo, a fintech é uma das maiores emissoras de cartões de crédito no México. Na Colômbia, o Nubank é igualmente demandado, com uma fila de espera de 300 mil colombianos.
Por fim, o banco digital pretende investir em capital intelectual, atraindo talentos internacionais para sua plataforma. Parte do dinheiro captado será destinado para esse segmento.
“O Nubank estabeleceu um novo paradigma no mercado, que tem obrigado todos os players a revisarem seus processos e produtos. E como costumo dizer: para nós, no Nubank, ainda é o primeiro dia. Ainda há muito a fazer”, afirma o fundador e CEO, David Vélez.
No total, a fintech brasileira já levantou US$ 2 bilhões em investimentos desde 2013, valor que corresponde a R$ 10 bilhões na cotação atual.
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