A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) anunciou que se tornou a primeira organização do agronegócio a nível global a neutralizar suas emissões de gases de efeito estufa.
Para isso, a empresa contou com o apoio da tecnologia blockchain da Block C empresa que opera com mercados de carbono. A Block C dispõe de uma plataforma em blockchain voltada para empresas que querem compensar suas emissões.
55 toneladas de emissões evitadas
Conforme noticiou a Sociedade Nacional de Agricultura, o feito foi concluído na última sexta-feira, dia 31 de julho. Na ocasião, a ABAG realizou a primeira operação de compra e aposentadoria de Créditos de Descarbonização (CBios) na BM&F.
Desta forma, foram retirados de circulação 55 CBios. Sendo que cada CBio corresponde a uma tonelada de emissão de carbono evitada com a substituição de combustíveis fósseis por renováveis.
A escrituração da compra, que teve um preço médio de R$ 22,00, foi realizada pela empresa StoneX. Já a SGS Sustentabilidade fez a auditoria da neutralização.
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O volume de CBios é baixo porque está relacionado apenas às atividades dos membros da associação, como viagens, por exemplo.
Feito inédito
Com isso, a ABAG conseguiu concluir a compensação de suas emissões e gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global.
Além disso, o feito foi inédito para um player que não tem participação obrigatória no RenovaBio.
O programa do Governo Federal foi lançado em 2016 para expandir a produção de biocombustíveis no Brasil.
Portanto, o programa criou o CBio como uma ferramenta para redução de emissões de Carbono.
“O CBio é patrimônio do agronegócio brasileiro. Estamos usando uma ferramenta do agro para fazer a mitigação”, disse Marcello Brito, presidente da Abag.
Com a ação, Brito espera também incentivar outras partes não obrigadas, como suas associadas, a comprar CBios.
A ABAG tem como empresas associadas instituições como Itaú, Santander, União Nacional da Bioenergia e Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários. Além de multinacionais como Cargill e Bayer, entre outras.
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