O presidente do Banco Central do Brasil (Bacen), Roberto Campos Neto, falou sobre o sistema de pagamentos do WhatsApp.
Na quinta-feira, 01 de julho, Campos Neto disse que o Bacen não proibiu o sistema. Houve apenas uma “suspensão temporária” por precaução.
“Em nenhum momento o BC proibiu o WhatsApp de funcionar. O que o BC entende é que é um arranjo relevante para a economia e precisa passar pelos mesmos processos de aprovação dos outros arranjos”, declarou ele, em evento promovido pelo jornal Correio Braziliense.
Necessidade de regulação adequada
Campos Neto destacou que o sistema precisa passar por uma regulação adequada. Caso contrário, os demais bancos poderiam ser prejudicados pelo sistema do WhatsApp.
“Um sistema que começa com 120 milhões de usuários (base do WhatsApp no Brasil) não é pequeno. Assim que for comprovado que é um arranjo competitivo e tem a proteção de dados necessária, será aprovado”, disse ele.
Campos Neto também mostrou preocupação com a segurança de dados. Para ele, o Facebook precisará mostrar que as informações dos usuários estarão seguras.
“Entendendo que o sistema é competitivo e que os dados dos usuários serão protegidos de maneira segura, será liberado”, destacou.
Sobre o caso
No dia 15 de junho, o WhatsApp anunciou a introdução do sistema. Naquele momento, o Brasil foi o primeiro país do mundo a receber a novidade. A Cielo fechou uma parceria com o WhatsApp para executar o sistema.
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No entanto, no dia 23 o Bacen emitiu uma nota suspendendo a execução. Essa nota foi reforçada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Na época, o Bacen alegou que o sistema poderia causar “danos irreparáveis ao SPB notadamente no que se refere à competição, eficiência e privacidade de dados”.
Nesta quinta-feira, 01 de julho, o CADE voltou atrás em seu parecer. O órgão aceitou os argumentos fornecidos pela Cielo e o Facebook, autorizando a retomada da parceria.
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