A despeito da evolução tecnológica, o grande debate do mercado é em relação ao preço do Bitcoin. Após atingir novas máximas históricas, o preço entrou em um terreno desconhecido.
Afinal, o que acontecerá agora? Quando o Bitcoin chegará a US$ 50 mil? E quais serão os próximos níveis de alta após isso?
Analistas e grandes investidores já deram indícios do que acontecerá. Alguns, inclusive, preveem que o preço do Bitcoin atingirá R$ 2 milhões em breve.
Balanço do Fed atinge recorde
É impossível falar de preço do Bitcoin sem falar dos bancos centrais. Especificamente o banco central dos Estados Unidos (Fed), o qual controla a moeda internacional de reserva.
De fato, o ano de 2020 foi marcado por uma forte impressão de dinheiro. O Fed jogou trilhões de dólares para estimular a economia, combalida com os efeitos da pandemia.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Por conta disso, o mercado financeiro apresentou um grande descolamento da economia real. Enquanto o PIB dos EUA teve retração, as bolsas de valores atingiram suas máximas históricas.
O investidor Ray Dalio destacou esse aumento na impressão de dinheiro. Para ele, é justamente isso que está inflando o preço dos ativos no mercado.
“Estamos observando uma inundação de dinheiro e crédito que está elevando a maioria dos preços dos ativos e distribuindo riqueza de uma forma que o sistema, como acreditamos ser o seu normal, seria incapaz de fazer. E isso está ameaçando o valor do nosso dinheiro e crédito”, disse.
O investidor também apontou que o Bitcoin pode servir como uma proteção neste cenário. E por se mostrar uma reserva de valor eficiente, ele pode ter fortes ganhos durante esse processo.
Modelo stock-to-flow e Bitcoin a R$ 500 mil em 2021
Em maio, o CEO da Morgan Creek, Mark Yusko, disse que o preço do BTC pode ultrapassar US$ 100 mil ainda em 2021. Isso corresponderia a cerca de R$ 500 mil na cotação atual.
Desde novembro, o preço da criptomoeda praticamente dobrou. Isso em pouco mais de 3 meses. Dessa forma, imaginar os US$ 100 mil até o final do ano não soa tão absurdo: o Bitcoin só precisaria dobrar de valor nos próximos 10 meses.
Um dos modelos de preço mais populares para o Bitcoin é o Stock-to-Flow (S2F), popularizado pelo analista PlanB. Segundo o modelo, o Bitcoin atingirá US$100 mil em dezembro de 2021.
Para justificar isso, PlanB cita a “escassez de oferta” do Bitcoin. E de fato, os dados mostram que as exchanges estão ficando com menos Bitcoins em seus livros de ofertas.
Com o aumento dessa escassez, o analista se mantém otimista em sua previsão. E para ele, o Bitcoin pode ir até além, superando os R$ 200 mil. Isso equivaleria a mais de R$ 1 milhão na cotação atual.
“As pessoas perguntam se ainda acredito no meu modelo. Para ser claro: não tenho nenhuma dúvida de que o Bitcoin S2FX está correto e o Bitcoin vai ganhar US$100.000-288.000 antes de dezembro de 2021″, escreveu ele.
Bitcoin a US$ 400 mil e tomando lugar do ouro
Embora seja difícil fazer previsões muito ousadas, há quem imagine o preço do Bitcoin acima dos R$ 2 milhões. E isso pode vir mais rápido do que o mais otimista investidor poderia esperar.
O diretor-gerente do Citibank, Tom Fitzpatrick, é um desses otimistas. Em novembro, ele afirmou que o Bitcoin poderia atingir os US$ 318 ainda em 2021. O valor equivale a mais de R$ 2 milhões na cotação atual.
A previsão é bastante otimista, afinal o Bitcoin precisaria se valorizar mais 500% para chegar lá. Fitzpatrick citou os históricos “ralis impensáveis do Bitcoin seguidos de dolorosas correções”.
Previsões de preços ainda mais altos derivam de argumentos fundamentalistas. Para seus autores, o Bitcoin pode desafiar – ou já está desafiando – o ouro como uma reserva de valor de fato.
O mercado de ouro possui cerca de US$ 14 trilhões em valor, ou seja, R$ 74 trilhões. Por outro lado, o Bitcoin, com R$ 4,3 trilhões, possui pouco mais de 5% desse total.
Tal diferença revela um grande potencial de crescimento do Bitcoin. Curiosamente, algumas das previsões mais otimistas começaram a vir dos mercados tradicionais, como o Citibank.
Atualmente, Fitzpatrick acredita que o Bitcoin parece estar “em um canal muito bem definido” de alta. Segundo ele, isso estabelece a meta de US$ 318 mil em dezembro de 2021. Resta aguardar se ela de fato será cumprida.
Leia também: Maior banco da Europa pode armazenar Bitcoin em seus cofres
Leia também: Exchange vai dar R$ 435 milhões em diferentes tokens
Leia também: 3 criptomoedas valorizaram 4 vezes mais que o Bitcoin