A Worldcoin, projeto de identidade digital liderado por Sam Altman, criador da OpenAI, lançou oficialmente seu protocolo no Brasil em 13 de novembro.
Com essa iniciativa, o Brasil se torna um dos países pioneiros na adoção dessa tecnologia, que busca garantir uma verificação de humanidade anônima. A criptomoeda Worldcoin (WLD) é o coração do projeto, oferecendo incentivos a usuários que comprovam sua humanidade, além de viabilizar um ambiente digital seguro e sem bots.
O lançamento brasileiro contou com a presença de Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity (TFH), parceira da World. Tozzi destacou a inauguração de mais de 10 centros de verificação em São Paulo, equipados com o Orb, um dispositivo criado para escanear a íris e atestar que o usuário é humano.
Segundo Tozzi, a fase piloto já havia sido realizada em diversos países, mas agora o projeto está em operação oficial. “O lançamento oficial no Brasil marca uma nova etapa e permite que a Worldcoin se expanda para um dos maiores mercados digitais do mundo”, afirmou.
Worldcoin
Para realizar a verificação, o usuário precisa baixar o World App, que oferece uma carteira digital e permite o agendamento para o processo. Após a validação, cada usuário recebe aproximadamente 53 tokens WLD, dos quais 25 são liberados em até 48 horas, enquanto o restante é distribuído mensalmente ao longo de 12 meses. Esse modelo de recompensas é uma estratégia da Worldcoin para atrair usuários, incentivando a adesão à plataforma.
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O app World oferece uma conversão fácil do WLD para reais, com transferência direta para contas bancárias brasileiras via PIX. Esse aspecto facilita o uso da criptomoeda no dia a dia e amplia sua utilidade no país.
Para Tozzi, o objetivo é democratizar o acesso à criptomoeda e oferecer uma alternativa financeira digital inclusiva. Além disso, há planos para expansão da operação para outras cidades no Brasil, embora sem datas definidas.
Em termos de inovação, a Worldcoin propõe diversas soluções para o ambiente digital, incluindo o uso do WorldID, uma credencial digital que garante que apenas humanos verificados acessem determinadas plataformas.
Esse recurso já está sendo desenvolvido para uso em videoconferências, evitando que bots ou deepfakes comprometam a interação entre pessoas reais. Aplicações como essa visam setores como jogos e redes sociais, onde a presença de bots é um problema recorrente.
A empresa também anunciou uma parceria em fase de testes na Argentina com a Rappi, permitindo que o Orb vá até os usuários para realizar a verificação. Segundo Tozzi, essa colaboração pode se expandir para o Brasil futuramente, caso os testes sejam bem-sucedidos.
Além disso, a equipe de compliance da World no Brasil monitora atentamente a regulamentação do Banco Central, com interesse na iniciativa do Drex e possíveis colaborações para o desenvolvimento da moeda digital nacional.
O projeto já alcançou a marca de 7 milhões de usuários verificados em mais de 20 países, com uma infraestrutura robusta de 900 ORBs em operação.