A Western Union, uma das maiores empresas de remessas do mundo, anunciou oficialmente seus planos para lançar sua própria stablecoin. A nova moeda digital, denominada USDPT, está programada para entrar em circulação no início de 2026 e será operada na rede blockchain de alta velocidade, Solana.
O anúncio foi feito através de um comunicado à imprensa na terça-feira (28). Um dia após a empresa detalhar seus planos mais amplos para um sistema de liquidação com stablecoins durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre.
Durante a teleconferência com investidores, o CEO Devin McGranahan já havia sinalizado a direção estratégica da companhia. Ele destacou que carteiras digitais e pagamentos baseados em contas já representam mais de 50% de suas transações digitais. Além disso, McGranahan também fez referência a “soluções habilitadas para ativos digitais”, preparando o terreno para o anúncio formal.
A iniciativa, batizada de “Rede de Ativos Digitais inovadora“, visa integrar profundamente a nova stablecoin ao ecossistema da Western Union. De acordo com a empresa, “a Western Union fornecerá aos usuários acesso a ativos digitais e permitirá enviar, receber, gastar e manter USDPT por meio de uma experiência de usuário suave, apoiada pelas capacidades globais de conformidade e risco da empresa”.
“À medida que evoluímos para o espaço de ativos digitais, o USDPT da Western Union nos permitirá controlar a economia vinculada às stablecoins. (…) Nossa Rede de Ativos Digitais e o USDPT serão um facilitador para alcançar nossa missão de tornar os serviços financeiros acessíveis a pessoas em todos os lugares.”
Stablecoin da Western Union na Solana
A escolha da Solana como blockchain hospedeira não é aleatória. Os usuários e o mercado reconhecem a rede Solana por sua capacidade de processar transações rapidamente e com custos baixos, características essenciais para um serviço de remessas que precisa ser ágil e acessível.
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A Anchorage Digital Bank emitirá o token USDPT, uma instituição bancária especializada em criptoativos e regulamentada nos Estados Unidos. Corretoras de criptomoedas parceiras, ainda não divulgadas, também listarão a stablecoin.
Este não é o primeiro contato da Western Union com a tecnologia blockchain. A empresa mantém um relacionamento experimental com a Ripple desde 2018, explorando soluções para transferências internacionais. No entanto, o lançamento de uma stablecoin própria representa um compromisso muito mais profundo e autônomo com o setor.
Em entrevista à Bloomberg em julho, o CEO McGranahan já havia insinuado que a empresa estudava integrações com stablecoins para oferecer remessas mais rápidas. Ele também citou recentemente que o ambiente regulatório em evolução, impulsionado pela introdução da Lei GENIUS nos EUA, tem sido um catalisador para a exploração de ativos digitais pela empresa.