O segundo dia do Web Summit Rio 2025 apresentou discussões relevantes sobre o perfil do investidor de ativos digitais. No estande do Itaú, a palestra “O mundo das cripto está fervendo. E você com isso?” abordou temas sobre educação cripto e mercado brasileiro.
Na palestra, o repórter da Inteligência Financeira, Renato Jakitas, conduziu a conversa com a presença do diretor de ativos digitais do Itaú, Guto Antunes. O especialista do banco brasileiro explicou que a instituição acompanha o mercado cripto de perto desde 2017.
“A gente viu o primeiro momento dos criptoativos lá em 2017, teve o primeiro boom que a gente chama de varejo, que todo mundo sai comprando o cripto. Aí quando o cripto foi, afundou, muita gente falou, nossa, isso aí é volátil, é arriscado, não entendo nada. No segundo momento houve o segundo boom de varejo, que foi em 2021. A mesma coisa, foi ainda maior, com mais adoção, mas com pouca educação por parte dos clientes.”
No entanto, Guto Antunes observou mudanças no comportamento do investidor cripto após a grande valorização de 2021. Para ele, os usuários do Itaú começaram a buscar conteúdos informativos sobre criptomoedas após esse movimento no mercado.
“Já nesse último boom que a gente acompanhou neste último ano vimos uma população mais interessada em aprender antes de investir, quais são os riscos dos criptoativos, entender o que cada criptoativo significa dentro do ecossistema…”
Investidores cripto no Itaú
Num primeiro momento, o Itaú acreditou que a oferta de negociação de criptomoedas fosse atingir apenas o público mais jovem. Porém, isso mudou logo após o banco oferecer ativos como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).
Nesse sentido, Guto frisou que os primeiros investidores cripto do banco foram usuários na faixa dos 46 aos 55 anos. Logo depois, outros perfis de usuários entraram no mercado cripto a partir da instituição bancária.
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Além disso, ele explicou que esses usuários encontraram no banco um local mais seguro e confiável para negociar criptomoedas, ao invés de utilizarem exchanges.
“Foi engraçado que a gente conversou muito esperando o perfil de um público mais jovem. E num primeiro momento houve uma população entre 46 e 55 anos que foi a primeira que se movimentou. Talvez pelo poder aquisitivo, talvez pelo apetite de tomar um pouco mais de risco dentro da carteira de investimento. Então a gente achou muito bacana.”
Educação cripto em foco
O especialista do Itaú afirmou ainda que existem empresas híbridas no mercado cripto. Elas variam entre os conceitos de descentralização e centralização, ao oferecer produtos e serviços com criptomoedas.
Portanto, instituições financeiras tradicionais se adaptaram ao mercado cripto, explicou Guto. Ele finalizou dizendo que o banco desempenhará o papel de um hub tecnológico, que compreende desde a negociação de criptomoedas ao processo de tokenização de ativos digitais.
“As instituições financeiras estão adaptando os papéis que anteriormente eram de centralização. Hoje, as instituições financeiras, como o Itaú, têm muito mais um papel como um hub dessas diversas tecnologias. Os criptoativos são provas disso. A gente entende que tem um novo cliente entrando no sistema financeiro, não é o Itaú que fala para ele o que ele tem que fazer, o cliente que fala para nós como nós temos que nos adaptar.”
A palestra ‘O mundo das cripto está fervendo. E você com isso?’ aconteceu no dia 28 de abril no Web Summit Rio 2025. O encontro foi promovido pelo próprio Itaú, no evento de tecnologia considerado o maior do mundo.
Confira tudo que aconteceu no Web Summit Rio 2025 com a cobertura exclusiva do CriptoFácil. A programação do evento encerrará no dia 30 de abril.
