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O investidor bilionário Warren Buffett anunciou nesta semana que decidiu vender todas as ações que possuía do Nubank, acumulando um lucro de US$ 250 milhões com a operação. A venda completa das ações ocorreu antes de sua saída da Berkshire Hathaway, marcando o fim do envolvimento da holding com um o banco digital.
A informação foi confirmada em um documento protocolado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). O relatório destaca que a Berkshire liquidou totalmente sua posição na Nu Holdings, controladora do Nubank, após iniciar a venda dos papéis ainda em 2024.
De acordo com o documento, a Berkshire começou a se desfazer de sua participação no Nubank em 2024, quando vendeu cerca de 20,7 milhões de ações no terceiro trimestre, a um preço médio de US$ 13,46 por ação. No quarto trimestre, a holding de Buffett vendeu mais 46,3 milhões de ações, desta vez com preço médio de US$ 13,22 por unidade.
O movimento final ocorreu no primeiro trimestre de 2025, com a venda de 40,2 milhões de ações a um preço médio de US$ 11,83 cada. Com essas transações, a Berkshire garantiu um ganho total de US$ 250 milhões sobre o investimento inicial.
O Nubank apresentou resultados financeiros robustos nos últimos trimestres. No primeiro trimestre de 2025, o banco registrou um lucro líquido de US$ 557,2 milhões, um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ajustado atingiu US$ 606,5 milhões, refletindo um crescimento anual de 37%.
No começo deste mês, o Nubank anunciou a contratação de Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil. O executivo será vice-presidente e chefe global de políticas públicas. Campos Neto também passará a integrar o conselho de administração da fintech a partir de julho, após cumprir o período de quarentena exigido para ex-integrantes do setor público.
A chegada do ex-presidente do BC representa um passo importante na estratégia de inovação da empresa, especialmente no campo das finanças digitais e criptoativos. Durante sua gestão no BC, Roberto Campos Neto defendeu a integração entre o sistema financeiro tradicional e o universo cripto.
No caso do Nubank, a fintech investe no setor cripto desde 2022, quando passou a oferecer a compra e venda de Bitcoin e Ethereum. Pouco tempo depois, o banco lançou a Nucoin, sua criptomoeda desenvolvida na blockchain Polygon. Embora o projeto do Nucoin tenha sido descontinuado em 2024, o banco já sinalizou que pretende reformulá-lo com novas funcionalidades.
Além disso, o Nubank tem explorado a integração com a Lightning Network, através de uma parceria com a Lightspark, empresa fundada por David Marcus.