O Walmart, uma das maiores redes varejistas do mundo, vem desenvolvendo diversas soluções em blockchain, como monitoramento da cadeia de suprimentos, armazenamento de dados, combate ao envenenamento de alimentos, entre outros. Recentemente, a empresa ganhou a patente (requerida em dezembro do ano passado) de um serviço de compartilhamento de energia cuja proposta é ajudar os consumidores a gerenciar melhor a energia de seus aparelhos e, eventualmente, compartilhar este poder energético por meio de uma remuneração em criptomoedas.
A patente foi concedida pelo Escritório de Marcas e Patentes dos EUA (USPTO, na sigla em inglês) nesta semana e de acordo com a publicação, o Walmart basicamente promete uma tokenização da energia, na qual “cada unidade de criptomoeda pode representar uma unidade ou uma porção de uma unidade de energia”.
Assim, os consumidores podem utilizar um DLT e construir uma rede de dispositivos consumidores de energia. Por meio desta rede, seria possível atribuir a cada dispositivo uma quantidade definida de Bitcoin ou outra criptomoeda (que seria usada como “medida” de kilowatts), esta alocação em criptomoedas poderia ser usada para comprar energia durante um período de faturamento definido, como um mês.
Caso um dispositivo individual excedesse sua alocação de criptomoeda, outro dispositivo na rede poderia compartilhar seus fundos com o primeiro dispositivo para garantir que continuasse a funcionar durante o período determinado. No entanto, como mostra a agência de notícias internacional CCN, essas transações – que seriam registradas em um ledger distribuído – também demonstrariam aos proprietários de dispositivos que um determinado dispositivo está consumindo mais energia do que deveria.
Da mesma forma, se uma rede individual usar menos do que seu consumo de energia alocado, ela poderá ser estruturada para compartilhá-la com outra rede, as redes também podem ser configuradas para vender o excesso de criptomoeda alocada ou transferi-la para o próximo período de faturamento.
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Embora a empresa tenha ganhado o direito de patente, ainda não está claro como efetivamente funcionaria o sistema junto às distribuidoras de energia e como seria sua implementação para os consumidores. O Walmart não é a primeira empresa a projetar um sistema que utiliza tecnologia de criptomoeda para gerenciar a eficiência de uma rede elétrica. A startup Power Ledger, com sede na Austrália, está construindo uma plataforma que permite aos usuários comprar e vender eletricidade solar em tempo real.