O Walmart, uma das maiores redes de supermercados do mundo, anunciou o lançamento de uma cadeia de suprimentos baseada em blockchain que tem como objetivo melhorar a segurança alimentar. O projeto, que surgiu em 2016 e estava em execução desde o ano passado, é coordenado por um consórcio que inclui gigantes do varejo (como a Unilever, a Golden State Foods e o próprio Walmart) e uma parceria com a IBM.
O projeto tem como objetivo, em última análise, melhorar a segurança na indústria alimentar e reunir informações detalhadas sobre os fornecedores de alimentos, inclusive onde os mesmo foram cultivados e como se deu o processo de cultivo, assim como o inspetor responsável pela vistoria do processo. Segundo a empresa, isso tornaria muito mais rápido identificar com precisão quaisquer fontes de alimentos contaminados e retirá-los das prateleiras antes que fosse adquiridos pelos consumidores.
Agora o projeto está finalmente pronto para operar. Frank Yiannas, vice-presidente de segurança e saúde alimentar do Walmart, anunciou na conferência Business of Blockchain do MIT Technology Review, em Massachusetts, que a plataforma já está disponível. De acordo com o portal Bloomberg, Yiannas afirma que a plataforma Blockchain fez com que o tempo de rastreamento de informações sobre os produtos fosse reduzido de seis dias para apenas dois segundos.
Ainda segundo Yiannas, o próximo passo da empresa será conseguir fornecedores interessados em utilizar a blockchain para colocar seus produtos na plataforma, o que irá reduzir ainda mais o tempo de processamento e as chances de que produtos com algum problema sanitário sejam colocados à venda.
O Walmart não é um exemplo único de empresa que utiliza a tecnologia blockchain para a segurança alimentar. A gigante de comércio eletrônico JD.com, com sede em Pequim, também começou recentemente a trabalhar em sua própria plataforma para rastreio de abastecimento de carne, visando aumentar a segurança e impedir a entrada de carne ilegal ou adulterada na cadeia de fornecimento.
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A tecnologia blockchain tem enormes implicações para agilizar o gerenciamento de cadeias de suprimentos, reduzindo processos redundantes e ineficientes, bem como reduzindo substancialmente os custos indiretos. A gigante de tecnologia Samsung também está trabalhando na transição para um sistema baseado em blockchain para gerenciar seus negócios, segundo anúncio feito na semana passada pelo chefe de blockchain da companhia, Song Kwang-woo.
E com base em passos recentes, parece que o Walmart está se preparando para transições blockchain ainda maiores, indo além da cadeia de suprimentos. Na semana passada, o Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO) publicou dois outros pedidos de patentes apresentados pela gigante do varejo: um para um sistema de compartilhamento de pagamentos de fornecedores e outro para um “sistema de compras por correios”.