Embora o preço do Bitcoin tenha recuado cerca de US$1 mil em apenas algumas horas nesta terça-feira, 24 de setembro, os processos envolvendo a principal criptomoeda do mercado só estão crescendo, fato que pode estar associado ao desenvolvimento do mercado e, consequentemente, ao número de usuários e empresas que passaram a atuar no setor.
Desde 2014, o número de processos judiciais no Brasil que tem o Bitcoin “envolvido” aumentou mais de 1.400% desde 2014. As primeiras demandas envolvendo o BTC iniciaram já em 2012, mas até 2015 não passavam de 44 processos. Um dos processos mais emblemáticos deste período e que ainda está sem resolução é o que envolve a exchange Mercado Bitcoin (MB) e a BitRain, talvez a primeira pirâmide financeira baseada em Bitcoin no Brasil que lesou inúmeros clientes e que foi fundada pela mesma pessoa que fundou a exchange MB, que depois vendeu a exchange alegando ter sofrido um “hack” no qual teria perdido o fundo dos clientes.
A partir de 2015, o número de processos começou a ganhar mais corpo e “explodiu” em 2017 e 2018, com mais de 567 ocorrências somente no ano passado. No entanto, este “recorde” deve ser superado com facilidade em 2019, tendo em vista as inúmeras demandas abertas por clientes na “crise dos saques: que atingiu as empresas Grupo Bitcoin Banco, Atlas Quantum e as supostas pirâmides financeiras Unick Forex e Investimento Bitcoin.
Até o momento, são mais de 1.200 processos abertos desde que a primeira demanda foi iniciada em 2012. Neste ano já são mais de 400 processos envolvendo a principal criptomoeda do mercado. Olhando os processos como um todo, São Paulo lidera a lista com 793 ocorrências, seguida por processos registrados junto à União, 251, com o Distrito Federal em terceiro lugar com 187 processos registrados.
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