O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, levantou no Twitter um questionamento importante sobre a transparências das moedas digitais emitidas por banco centrais (CBDCs, na sigla em inglês), que estão no centro das atenções atualmente.
Buterin sugeriu que existe uma maneira de negociar as CBDCs com criptomoedas. Entretanto, para que isso possa acontecer, seria necessário que o mecanismo de geração de provas criptográficas fosse confiável. Em outras palavras, Buterin questionou se as transações dos ativos de bancos centrais podem ser verificadas através de uma blockchain de terceiros, por exemplo na do Ethereum.
“Pergunta técnica importante sobre essas CBDCs que estão começando a aparecer (CC @ mg0314a): as transações serão criptograficamente prováveis? Ou seja, se eu enviar N moedas, posso gerar uma prova criptográfica de que isso aconteceu e que pode ser verificado na cadeia ethereum?”
Segundo Buterin, se isso for possível, quer dizer, se os bancos centrais conseguirem criar estruturas de verificação confiáveis, possibilidades interessantes sobre as exchanges descentralizadas (DEX) serão criadas.
O exemplo de interoperabilidade abordado por Buterin foi o próprio Bitcoin, cujas transações podem ser verificadas na blockchain do Ethereum.
Buterin também explicou que sabe que as CBDCs serão centralizados e baseadas em contas, porém sua dúvida é se as ações dentro dos CBDCs são “prováveis para o mundo exterior”. Como exemplo disto, ele citou a residência eletrônica da Estônia (E-residencye) que é centralizada, mas é demonstrável pelo Ethereum.
Não é a primeira vez que líderes do Ethereum abordam a possibilidade de interação com as CBDCs. Conforme reportado recentemente pelo CriptoFácil, o cofundador do Ethereum Joseph Lubin, ajudou a elaborar um whitepaper para apresentar aos bancos centrais uma proposta de moeda digital baseada na blockchain Ethereum.
Um trecho do documento afirma que o Ethereum poderia lidar facilmente com os requisitos de privacidade e confidencialidade de uma CBDC, por meio de uma mistura de contratos inteligentes públicos e privados, complementados por técnicas criptográficas.
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