O criador da Ethereum Vitalik Buterin criticou fortemente algumas das principais critpomoedas do mercado em uma recente conferência sobre criptoativos, a Blockchain Connect Conference, realizada em São Francisco, Califórnia, EUA.
Na oportunidade, Buterin criticou os principais “concorrentes” do Ethereum, afirmando que as declarações que eles fazem sobre o volume de transações que realizam por segundo está equivocada.
“Eu notei muitos equívocos aqui. Porque, tipo, existem muitos projetos de criptomoedas ruins que tentam reivindicar. ‘Oh, porque usamos o BFT sofisticado, podemos fazer 5.000 transações por segundo e a prova de trabalho só pode fazer 15’. Há muitos equívocos horríveis dentro disso. Porque o propósito de um algoritmo de consenso não é fazer uma blockchain rápida. O objetivo de um algoritmo de consenso é manter uma blockchain segura”, declarou.
Buterin critica as blockchains que afirmam possuir escalabilidade infinita devido a quantidade de transações que podem fazer por segundo.
“Quando um projeto blockchain afirma ‘podemos fazer 3.500 TPS porque temos um algoritmo diferente’, o que realmente querem dizer é ‘somos uma pilha centralizada de lixo porque só temos sete nós executando a coisa toda’”, atacou.
Depois de alguns aplausos, Buterin disse que há “maneiras boas e legítimas de fazer uma blockchain rápida” e então destaca tanto soluções “onchain” que vêm sendo desenvolvidas pelo Bitcoin e pelo Ethereum, como soluções de segunda camada tal qual a Ligthing Network.
Embora não tenha citado nominalmente a EOS, Tron ou Neo, os ataques de Buterin, segundo a agência de notícias CCN, foram especificamente destinados às criptomeodas, pois estas têm constantemente afirmado sua superioridade em relação ao Ethereum devido à suposta capacidade de resolver milhares de transações por segundo, enquanto o Ethereum atualmente não chega a 100 TPS. Inclusive a NEO só tem sete nós de consenso em execução.
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Enquanto Buterin sai em ataque aos “concorrentes” do Ethereum, no Brasil, representantes das principais critpomoedas do mercado acreditam na integração. Em um recente seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), membros do Ethereum, EOS, Tron, IOTA, IBM e R3 concordaram que um dos desafios para a massificação da blockchain é desenvolver um protocolo de interoperabilidade entre os projetos.
“Não acredito que haverá uma plataforma blockchain ou DLT que irá dominar sozinha toda a gama de aplicações que podem ser executadas com a cadeia de blocos ou com DAG´s. Cada projeto tem se desenvolvido buscando um foco específico e no futuro, todo este desenvolvimento terá que ser integrado para facilitar a experiência do usuário”, destacou Rafael Presa, Embaixador da IOTA no Brasil.
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