A gigante de pagamentos Visa está apostando em parcerias com fintechs para se tornar uma “rede de redes de pagamentos”.
O objetivo da Visa e deixar de ser apenas uma bandeira de cartões e passar a oferecer soluções e produtos relacionados à indústria de pagamentos.
Compra da YellowPapper
Como noticiou o Valor Econômico nesta sexta-feira (30), a compra recente da fintech YellowPapper é mais passo nessa direção.
A startup — que está presente é nove países da América Latina incluindo o Brasil — realiza operações de pagamentos instantâneos através da plataforma Plin.
Segundo o presidente da Visa no Brasil, Fernando Teles, a aquisição tem como objetivo ampliar a oferta de soluções dos pagamentos chamados “agnósticos”. Ou seja, que podem trabalhar com arranjos diversos inclusive com concorrentes diretos.
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Mas esta não é a primeira aquisição da Visa para alcançar esse objetivo. Isso porque a empresa adquiriu nos últimos anos startups como a CyberSource e a CardinalCommerce.
Com essas aquisições, a Visa é capaz de oferecer diversos serviços de pagamentos. Tokenização, compensação, fluxos transfronteiriços, prevenção a fraudes, segurança cibernética são algumas das soluções possíveis.
“Nós temos uma base de 3,5 bilhões de consumidores e 60 milhões de estabelecimentos, presentes em 200 países. Nosso negócio é gerenciar isso, colocar essa rede à disposição de outros. Nós somos provedores de soluções, oferecemos parcerias para crescimento conjunto”, explicou Teles.
No Brasil, a Visa firmou parcerias recentemente para emitir cartões de empresas como XP e Caixa. Além disso, instalou equipamentos para pagamentos por aproximação no Metrô do Rio de Janeiro e outras ações.
De acordo com a Visa, a nova frente de negócios pode ser responsável por 10% da receita da companhia no curto prazo.
WhatsApp Pay
No entanto, uma das iniciativas de mais destaque é uma parceria com o Facebook para pagamentos pelo WhatsApp.
Embora o projeto tenha sido barrado temporariamente pelo Banco Central e pelo Cade, Teles está otimista que seja autorizado em breve:
“O BC está estudando o modelo, fez uma série de perguntas. Nós já respondemos e elas estão sendo avaliadas. Espero que [a liberação] aconteça em breve”, disse.
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