No alto de alguma montanha chinesa, uma mina secreta de Bitcoin gera o equivalente a US$ 8 milhões por ano. Apesar da prática não ser proibida nem incentivada no país asiático, os responsáveis pelo lugar preferem manter a discrição a fim de não chamar a atenção das autoridades, que provavelmente ficariam interessadas em um espaço capaz de gerar uma receita tão alta ao longo de apenas 12 meses.
Mas uma reportagem da BBC Future visitou o lugar e publicou um vídeo em 360° com imagens de lá. A alta velocidade de conexão oferece internet rápida para os mineradores do país, grupo formado por antigos fazendeiros e pessoas recém-formadas, na maioria jovens do sexo masculino. Cada um deles recebe 50 unidades da moeda virtual por dia trabalhado e todos vivem o tempo todo no local, dormindo lá mesmo em quartos que acomodam até seis pessoas cada.
O responsável pela mina é o chinês Chandler Guo, de 30 anos de idade. Nascido em uma família pecuarista, ele resolveu investir seu dinheiro na moeda virtual e tem se dado bem. “No passado, a China manufaturava coisas simples, como roupa, sapatos e coisas do tipo”, comenta. “Mas, no futuro, nós usaremos a tecnologia para criar produtos.”
O lugar é um amontoado de servidores e computadores alinhados em vários corredores, convivendo em pôsteres de boy bands chinesas e um bando de pessoas que ganha a vida resolvendo equações de criptografia a fim de verificar a veracidade de uma transação de Bitcoins em alguma parte do mundo. “Sempre que um algoritmo é solucionado, ‘blocos’ são adicionados à ‘corrente de blocos’ — um tipo de contabilidade virtual que garante a autenticação de cada transação”, escreve o repórter da BBC Danny Vincent, que visitou a mina a convite de Guo.