Um estudo realizado pela CoinGeckom entre 22 de agosto e 11 de setembro de 2025, com 2.549 participantes do mercado de criptomoedas, analisou os sentimentos em relação à crescente adoção mainstream do Bitcoin, impulsionada por fatores como ETFs aprovados e empresas listando o ativo em seus tesouros. A pesquisa revelou uma divisão de opiniões significativa, particularmente influenciada pelo tempo de experiência dos investidores no mercado.
De acordo com os resultados, uma maioria de 60% dos participantes demonstrou uma visão positiva sobre a tendência. Deste total, 41,4% classificaram a adoção mainstream como “muito positiva” para a legitimidade e o potencial de preço de longo prazo do Bitcoin. Enquanto isso, outros 18,6% também se posicionaram favoravelmente, porém com menor entusiasmo.
Por outro lado, 20,5% dos entrevistados expressaram preocupação. Dentro deste grupo, 12,7% consideraram o fenômeno “muito negativo”, citando o potencial comprometimento de princípios fundamentais como a descentralização, e 7,8% visualizaram a tendência de forma negativa em menor grau. Os restantes 19,4% dos inquiridos declararam-se neutros, possivelmente equilibrando os prós e contras ou não tendo uma opinião formada.
Primeiro ciclo lamenta ‘atraso’ em relação ao Bitcoin
A análise mostrou uma clara correlação entre o tempo de experiência no mercado e a perceção sobre a adoção institucional. Participantes classificados como “primeiro ciclo”, ou seja, com até 3 anos de experiência (38% da amostra), apresentaram um nível de ceticismo notavelmente mais alto. Entre estes novatos, 29,3% visualizaram a adoção mainstream como negativa ou muito negativa.
Uma possível interpretação para esse resultado é a sensação de ter perdido a oportunidade de entrada em patamares de preço considerados historicamente baixos, com a valorização do Bitcoin sendo vista agora mais como uma barreira do que como uma oportunidade de ganhos rápidos.
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Em contraste, apenas 14,9% dos participantes no seu segundo ciclo de mercado (4 a 7 anos de experiência, representando 41% do total) partilharam desta visão negativa. Entre os veteranos, aqueles no terceiro ciclo (8 ou mais anos de experiência, constituindo 21% dos participantes), a percentagem foi de 15,7%. Estes dados indicam que os investidores em seu primeiro ciclo foram duas vezes mais propensos a ter reservas em comparação com os participantes mais experientes.
No espectro positivo, a diferença também foi acentuada. Apenas 52,0% dos participantes do primeiro ciclo sentiam-se positivos ou muito positivos em relação à tendência. Este número aumentou significativamente para 65,9% entre os investidores do segundo ciclo e manteve-se elevado, em 64,4%, entre os veteranos do terceiro ciclo.
O perfil de investimento dos participantes foi majoritariamente de longo prazo: 68% identificaram-se como investidores com holdings principalmente de longo prazo, 20% como traders com foco de curto prazo, 7% como “builders” (construtores do ecossistema) e 5% como espectadores à espera de oportunidades.
Valorização deve continuar
Apesar do sentimento negativo entre uma parcela dos novatos, diversos analistas e gestores de fundos projetam que o Bitcoin ainda tem um longo caminho de valorização pela frente, com algumas previsões ousadas apontando para patamares como Bitcon a US$ 1 milhão.
Claro, para quem entra hoje com o Bitcoin a US$ 100 mil, uma valorização para US$ 1 milhão representa um retorno considerável de 10x. No entanto, esse ganho parece modesto quando comparado ao retorno de 10.000x ou mais obtido por quem comprou o ativo a US$ 10 ou US$ 100.