Uma ordem executiva assinada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos torna ainda mais difícil a vida do governo venezuelano em sua tentativa de negociar a criptomoeda do país, o Petro. A ordem assinada hoje de manhã, 19 de março, pelo presidente proíbe todos os cidadãos norte-americanos de comprarem, negociarem ou realizarem qualquer tipo de troca envolvendo a criptomoeda venezuelana.
O site oficial da Casa Branca divulgou o documento assinado pelo presidente. Trata-se de um dos mais duros golpes ao projeto encabeçado por Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, uma vez que a ordem foi assinada diretamente pelo presidente dos EUA, o que na prática funciona como uma proibição e impede ao governo da Venezuela acesso ao enorme mercado norte-americano, que poderia lhe trazer várias reservas internacionais com a venda do Petro.
“Todas as transações relacionadas à provisão de financiamento e outras negociações, por uma pessoa dos Estados Unidos ou nos Estados Unidos, em qualquer moeda digital, ou token digital, emitida por ou em nome do governo da Venezuela em ou após 9 de janeiro de 2018, são proibidos a partir da data efetiva deste pedido”, afirma a Seção 1 do documento.
A ordem será executada através do Departamento do Tesouro do país, bem como de suas sucursais ou parceiras.
“O Secretário do Tesouro, em consulta com o secretário de Estado, dos EUA está autorizado a tomar tais medidas, incluindo a promulgação de regras e regulamentos, e empregar todos os poderes conferidos ao presidente pela IEEPA, conforme necessário para implementar este pedido. O secretário pode, de acordo com a lei aplicável, redelegar qualquer uma dessas funções a outros diretores e departamentos executivos e agências do governo dos Estados Unidos. Todas as agências do governo norte-americano tomarão todas as medidas apropriadas dentro da sua autoridade para levar a cabo as disposições deste pedido”, afirma a Seção 5.
Cerco ao Petro
A ordem executiva assinada por Donald Trump foi o mais forte dos vários golpes que o Petro tem sofrido desde o seu lançamento. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos já havia estabelecido, em fevereiro, que os cidadãos norte-americanos não poderiam comprar a criptomoeda, cuja idealização e execução foram pessoalmente endossadas pelo governo de Nicolás Maduro.
A proibição federal, por meio de uma ordem executiva, além de endossar a posição do tesouro significa para o governo Maduro a perda de um enorme mercado potencial para o seu token, o que diminui as expectativas de arrecadação de mais fundos.
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Outra preocupação refere-se à credibilidade das informações passadas pelo governo venezuelano. O Criptomoedas Fácil fez um levantamento que aponta para uma possível falsificação de informações, especialmente quanto ao valor arrecadado.
O assunto Petro também está em evidência na reunião do G20, realizada na Argentina. Segundo os redatores do Criptomoedas Fácil, que estão acompanhando com exclusividade o evento, há no G20 muita preocupação com o futuro e com a sustentabilidade do Petro por causa da crise humanitária que vive a Venezuela e das propostas de sanções que foram levantadas por vários governos, incluindo os Estados Unidos.