Imagine uma universidade de renome mundial sem estrutura física, totalmente online, funcionando como um contrato inteligente no qual todos os setores estão integrados em uma blockchain, oferecendo aos estudantes do mundo todo a oportunidade de integrar uma plataforma educacional de ponta, sem fronteiras.
Esta é a ideia de um grupo de professores de Oxford, que, segundo o portal Cointelegraph, está buscando, inicialmente junto às autoridades da União Europeia (UE), a implementação da primeira “universidade blockchain” do mundo, na qual, por exemplo, por meio de um token nativo será possível pagar a matrícula, decidir o orçamento universitário, o desenvolvimento de projetos internos, a governança universitária, entre outras funções.
De acordo com a equipe de acadêmicos por trás do Woolf Development, liderada por Joshua Broggi, da Faculdade de Filosofia de Oxford, a proposta adotará o curso tradicional de Oxford e a estrutura universitária, concentrando-se em módulos individuais orientados por tutoriais que estarão disponíveis para os alunos on-line ou off-line. O white paper de Woolf sugere que uma universidade impulsionada por blockchain pode abordar muitas das questões que atualmente afetam as universidades em todo o mundo, incluindo mensalidades para estudantes, burocracia pesada e custos administrativos, e vagas de ensino acadêmico precário e mal remunerado.
Como o white paper descreve, a imutabilidade da blockchain pode funcionar para impedir que os alunos falsifiquem seus registros acadêmicos, com contratos inteligentes que automatizam a frequência, os créditos e os trabalhos acadêmicos dos alunos. A primeira faculdade de Woolf deve ser lançada no segundo semestre deste ano. As taxas estão fixadas em US$400 por tutorial, ou US$19.200 por ano.