O agravamento das condições econômicas do Zimbábue também têm impactado o preço do Bitcoin no país, que chegou a ser cotado em mais de US$300 mil na plataforma Localbitcoins. Atualmente, segundo a CCN, existem vendedores pedindo mais de US$307 mil por BTC, enquanto a média de preço global no momento da escrita é pouco menos de US$10 mil, conforme dados da Coinmarketcap.
O alto preço do Bitcoin pode ser atribuído não somente à alta demanda ocasionada pelas péssimas condições econômicas do país, mas também ao fato de que atualmente o Zimbábue não possui exchange locais de criptomoedas.
No primeiro trimestre do ano passado, o Reserve Bank of Zimbabwe, banco central do país, proibiu bancos e outras instituições financeiras de oferecerem seus serviços às exchanges e comerciantes de criptomoedas. Esta proibição fez com que os zimbabueanos negociassem Bitcoin nos mercados de balcão (OTC), tendo que contornar os bancos locais e recorrendo aos provedores de serviços de pagamento estrangeiros.
Algumas das exchanges de criptomoedas que operaram no Zimbábue antes da proibição voltaram-se, desde então, para outros mercados. A Golix , por exemplo, considerou a proibição como uma oportunidade para lançar operações em outros países africanos, como África do Sul, Nigéria, Quênia, Tanzânia, Uganda, Camarões e Ruanda.
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A supervalorização do Bitcoin no país coincide com dados oficiais do Zimbábue, indicando que a taxa de inflação anual atingiu 175% no mês passado. Essa marca representa a segunda mais alta do mundo, atrás apenas da Venezuela. De acordo com a Agência Nacional de Estatística do Zimbábue, trata-se de quase o dobro da taxa de inflação registrada no mês anterior no país.
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