A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) está mais uma vez pronta para aprovar ou rejeitar um fundo negociado em bolsa (ETF) lastreado em Bitcoin. Nesta semana, termina o prazo para análise do Bitcoin and Treasury Investment Trust, fundo proposto pela Wilshire Phoenix.
Após um adiamento sobre a decisão da proposta da Wilshire em dezembro do ano passado, a SEC tem até a quarta-feira, 26 de janeiro, para o veredito final.
A Wilshire Phoenix é a única sobrevivente de uma longa linha de empresas que tentaram garantir a aprovação da SEC para listar ações de um ETF de Bitcoin. Caso seja aprovado, o ETF permitirá aos investidores de varejo obter exposição ao mercado de Bitcoin sem o que alguns consideram a dificuldade adicional de possuir o próprio criptoativo, potencialmente aumentando a participação do mercado por indivíduos que desconfiam do Bitcoin por ele não ser um investimento regulamentado.
O sócio-gerente de Wilshire, William Herrmann, afirmou que estava otimista sobre o pedido, dizendo em um telefonema na semana passada que “não o teríamos apresentado se não pensássemos que seria aprovado”.
Quais as chances?
Embora as chances de aprovação sejam baixas – a SEC ainda não aprovou nenhum pedido de ETF de Bitcoin alegando várias razões, entre elas a falta de estabilidade no mercado – a empresa mostrou seu empenho registrando várias atualizações de sua proposta na última semana passada, em esforços para garantir solidez ao seu pedido.
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Para aumentar suas chances, o formulário de solicitação apresentado em 14 de fevereiro agora inclui uma seção adicional inteira sobre subscritores, embora nenhuma entidade específica seja mencionada. O pedido também inclui agora o preço máximo das cotas do ETF (US$2.500), um número de cotas iniciais que serão registradas (8.040, embora esse número provavelmente mude quando as ações reais forem oferecidas) e uma nota sobre os honorários do trust (68 pontos base).
Ao rejeitar ETFs anteriormente, a SEC apontou preocupações sobre manipulação de mercado, o tamanho geral do mercado de Bitcoin e a necessidade de acordos de compartilhamento de vigilância como alguns fatores que considera.
A Wilshire está tentando resolver essas preocupações compondo seu ETF com uma cesta que se reequilibra automaticamente entre participações de Bitcoin e de títulos do Tesouro dos EUA em resposta à volatilidade do criptoativo. À medida que a volatilidade aumenta, a cesta aumenta sua posição em títulos e vice-versa. Herrmann que, na sua opinião, esse reequilíbrio automático reduz o risco para os investidores.
Visão da SEC
A SEC parece estar dando grande atenção ao registro. Segundo documentos publicados pela autarquia, os comissários Hester Peirce e Allison Herren Lee se reuniram com representantes de Wilshire Phoenix, da NYSE Arca e seus escritórios de advocacia.
A Divisão de Negociação e Mercados se reuniu com representantes das empresas em janeiro e duas vezes no ano passado para discutir a proposta. Ainda assim, o pensamento da SEC sobre a proposta permanece indefinido.
Herrmann, reiterando um ponto frequentemente levantado a favor dos ETFs de Bitcoin, disse que o produto permitiria que um grupo maior de investidores possa investir com segurança em uma nova classe de ativos.
“Queremos fornecer acesso fácil a estratégias que geralmente são limitadas apenas a instituições ou investidores credenciados. Restringir quem é capaz de investir em qualquer produto ou estratégia com base no status socioeconômico ou por qualquer motivo é simplesmente errado. Isso deixa muitos expostos à súbita volatilidade do mercado seguida de perdas prováveis devido à falta de diversificação”, afirmou.
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