Nesta semana, uma nova pesquisa, divulgada pela Duo Security, mostrou que o Twitter, a rede social preferida entre os entusiastas de criptomoedas, tornou-se um dos territórios mais prósperos para agentes maliciosos que, por meio de diversas técnicas, enganam usuários para obter dinheiro através de fraudes. Conforme revelou a pesquisa, cerca de 15 mil perfis falsos, controlados por bots, prometem “brindes” em Bitcoin e outras criptomoedas.
No entanto, os brindes são apenas “iscas” para coletar informações de usuários e assim obter acesso a diversos dados. Até mesmo uma conta suposta verificada do presidente norte-americano Donald Trump estava distribuindo Bitcoin e Ethereum no Twitter. Neste caso, para ter acesso tanto ao BTC como ao ETH era necessário enviar uma certa quantidade da criptomoeda para, em troca, receber esta mesma quantidade porém multiplicada.
Embora esta mecânica tenha muitas características de uma fraude, dados revelam que muitas pessoas caíram no golpe, afinal, o endereço atribuído à fraude arrecadou cerca de 17 Bitcoins.
“É provável que os usuários confiem em um tuíte mais ou menos, dependendo de quantas vezes ele foi retuítado ou apreciado. Os que estão por trás desse botnet em particular sabem disso e o projetaram para explorar essa mesma tendência”, disse Olabode Anise, cientista de dados da Duo.
Respondendo à pesquisa, o Twitter disse que estava “ciente” do problema, dizendo à Duo que “spam e certas formas de automação são contra as regras do Twitter. Em muitos casos, o conteúdo com spam fica oculto no Twitter com base em detecções automatizadas”, acrescentando que “mais de 5% das contas do Twitter são relacionadas à spam”. No entanto, para evitar situações do tipo personalidades tem mudado suas identificações nos microblogs para alertar às pessoas sobre as fraudes, como Vitalik Buterin, cofundador do Ethereum, que alterou seu nome para Vitalik Non-Giver of Ether.